Política
Em Maceió, Lula aponta cultura como instrumento de soberania
Ex-presidente participou de encontro com setor cultural alagoano

"Há 33 anos eu vim fazer um comício em Maceió, com a presença do Chico Buarque e do Djavan. As pessoas achavam que nós não teríamos condições de fazer um comício aqui. E nós fizemos. E hoje eu volto para ouvir Mãe Mirian, com 88 anos, falar com a força de uma menina de 20 anos”, assim iniciou a fala de Lula durante encontro com o setor cultural de Alagoas, realizado no início da tarde desta sexta-feira (17), num hotel de Maceió.
Antes disso, o ex-presidente ouviu declarações de apoio de dezenas de lideranças do setor no estado e também cobranças pela retomada de políticas públicas e investimento na área, deixada de lado pelo governo Jair Bolsonaro (PL).
“A cultura tem uma força extraordinária para transformar as pessoas. Um país que não permite que seu povo exerça sua cultura com plenitude, não é um país soberano. Que espaço tem a cultura de Alagoas na televisão local?”, questiona Lula. “A cultura é essencial para o futuro do país. A nossa meninada tem que ir ao teatro, cinema. Eu pensava que não gostava de violino, mas, quando fui pra Áustria, me levaram num concerto de violino. Eu fiquei embevecido. Depois esse metalúrgico aqui estava gostando de Pavarotti”, brinca o ex-presidente ao reforçar a importância do investimento em cultura no país.
Em seu discurso, Lula também criticou a política de preços da Petrobras e a postura do atual governo diante da alta desenfreada dos preços dos combustíveis.
“A gente já provou que é possível lucrar com a Petrobras, vendendo a gasolina com o preço em real. Por que depois que viramos autossuficientes em petróleo começamos a importar? Por que impor um preço internacional a um produto nacional? Isso é perda de soberania”, afirma. “A gasolina do Bolsonaro, que ele disse que iria baixar, já anunciaram um novo aumento. Ele inventou que a solução é reduzir o ICMS, mas tudo que ele vai fazer é diminuir o dinheiro da educação e da saúde nos estados”, completa o ex-presidente.
GERALDO ALCKMIN
Lula também aproveitou seu discurso para defender a aliança com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB).
“Nós não temos que gostar apenas de quem pensa como nós. Precisamos gostar também de quem pensa diferente da gente. Temos que fazer as coisas com mais gente. Não é só um partido, não é só um pensamento”, enfatiza. “Vou usar uma frase do Paulo Freire: precisamos unir os divergentes para derrotar os antagônicos”, completa Lula.
Mais lidas
-
1Maldade na veia
O que acontece com a grande vilã Sirin no final de 'Força de Mulher'?
-
2Vilã sem escrúpulos
Como Maria de Fátima separa Afonso de Solange em 'Vale Tudo'
-
3Reviravoltas inesperadas!
Casais de 'Vale Tudo': quem fica com quem ao longo da novela
-
4Vingança e mistério!
'Cuspirei em Seus Túmulos' é a nova série colombiana que todo mundo está assistindo
-
5Desfecho sombrio!
Descubra quem é o sequestrador da série ‘O Domo de Vidro’