Política
Ex-governador Sérgio Cabral volta a ser interrogado pelo juiz Marcelo Bretas
Depoimento desta quinta-feira é desdobramento da Operação Ratatouille; empresário que aparece na 'farra dos guardanapos' também será ouvido

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) volta a ser interrogado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, nesta quinta-feira (7). Desta vez, o depoimento é sobre a operação Ratatouille.
Serão ouvidos também Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra, apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como operadores de Cabral, além do empresário Marco Antonio De Lucca. Este teria pago R$ 12,5 milhões para que suas empresas abocanhassem contratos públicos de alimentação hospitalar, escolar e penitenciária.
A empresa dele também teria firmado ao menos seis contratos com a Rio-2016. Desde que Cabral assumiu, em 2007, os acertos do poder público com as empresas de Marco Antonio aumentaram 853 vezes.
O empresário foi indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele é um dos integrantes do grupo que participou de uma comemoração com o ex-governador em Paris, que ficou conhecida como "Farra dos Guardanapos".
Cabral nega o recebimento de propina, embora já tenha admitido o que chama de uso de "sobras de campanha", inclusive caixa dois.
Ataques a empreiteiro
É a segunda vez na mesma semana em que Cabral e Bretas ficam frente a frente. Na terça, ele foi interrogado sobre a relação com as empreiteiras.
Na ocasião, o ex-governador rebateu as acusações de Fernando Cavendish, dono da Delta. O empresário havia afirmado que deu um anel de diamantes a Cabral, endereçado à ex-primeira dama Adriana Ancelmo, em troca da obra do Maracanã.
"Foi um presente de puxa-saco", respondeu."Chega a ser risível, um ano depois da obra do Maracanã. Um empreiteiro encalacrado, um réu, que lavou mais de R$ 300 milhões. Devolvi para ele em 2012 [o anel] e não quis mais conversa, rompemos relações", afirmou.
No depoimento desta terça, Cabral afirmou que recebeu dinheiro da Delta para campanha política, admitiu o uso irregular do que chama de "sobra de campanha", mas negou qualquer vício na licitação.
"Não é factível que eu possa organizar quem vai ganhar, sobretudo numa licitação que o brasileiro e o mundo inteiro tinham interesse. Não podia combinar resultados", afirmou.
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