Política
Paralisação nacional acontece na sexta contra reformas e mudanças em legislação
Centrais sindicais se mobilizam em Alagoas para novo protesto contra as reformas e mudanças na legislação trabalhista
Uma nova paralisação nacional em protesto à reforma da Previdência e mudanças na legislação trabalhista está marcada para ocorrer em Alagoas na próxima sexta-feira (28). O protesto segue um rito nacional convocado pelas centrais sindicais e vislumbram pressionar Congresso Nacional a não aprovar ou mudar o texto das propostas defendidas pelo presidente Michel Temer (PMDB).
O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL), José Cícero da Silva, diz que a paralisação nacional tem início pela manhã e segue durante a tarde em Maceió, bem como nos municípios do interior.
A proposta é parar com todos os serviços tanto na esfera pública quanto nas empresas privadas.
“A paralisação é nacional porque os trabalhadores brasileiros estão sofrendo com as aprovações que vem ocorrendo no Congresso Nacional. As centrais [sindicais] estão unidas. Aqui em Maceió os setores públicos e privados estarão com os serviços paralisados durante a manhã, das 8h às 12h. No período da tarde, a mobilização segue a partir das 13h na Praça do Centenário e em seguida faremos uma grande caminhada até a Praça dos Martírios. Teremos discursos junto à população contrárias às medidas impopulares do atual governo”, explicou José Cícero da Silva.
Uma das advertências que as centrais vão expor durante o protesto na próxima sexta-feira diz respeito ao tempo de aposentadoria que pode ser modificado se a reforma da Previdência for aprovada pelo Congresso.
Outra proposta em plena discussão pelos deputados federais é a reforma Trabalhista. Será mais um ponto discordante das centrais sindicais na pauta do movimento que trata da paralisação nacional.
Para o vice-presidente da CUT em Alagoas, quando o Congresso Nacional aprova a lei da Terceirização há impactos diretos no amparo ao trabalhador brasileiro.
“O que vem sendo tratado em Brasília é um grande desmonte para quem trabalha neste país. A terceirização e a reforma Trabalhista rasgam a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], que faz 74 anos agora em maio. Com essa medida, o governo quer destruir as conquistas dos trabalhadores, elevando a carga horária de trabalho de 8h para 12h diariamente. É um profundo retrocesso”, argumenta José Cícero da Silva.
Com a mobilização de sexta-feira, as centrais esperam um recuo por parte do Congresso Nacional e até mesmo do governo federal.
O presidente Michel Temer, considerado ilegítimo pelo movimento, vem demonstrando que pode negociar alterações textuais na proposta da reforma previdenciária, por exemplo.
No entanto, para as centrais sindicais, os acenos presidenciais ainda não são o suficientes para que os trabalhadores não vão às ruas contra as medidas que em sua maioria desamparam os empregados brasileiros.
“No dia 28 a população nas ruas representará a insatisfação contra o governo e suas propostas. Político tem medo de povo e é preciso deixar claro que todas as mudanças que estão postas nos projetos de lei afetam ainda a dona de casa, a criança e os estudantes”, explica o vice-presidente da CUT-AL.
Para fortalecer o discurso em repulsa às medidas do governo federal, as centrais sindicais estão em contato com a bancada de deputados federais de Alagoas para votar contra os projetos. Em recente material jornalístico publicado pela reportagem da Tribuna Independente, seis dosz nove parlamentares se voltavam contra a reforma previdenciária.
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