Política
TSE faz acareação entre Marcelo Odebrecht e outros ex-executivos
Eles foram ouvidos para esclarecer possíveis contradições em depoimentos prestados anteriormente ao tribunal
Antes, por volta das 19h10, um dos responsáveis pelo Setor de Operações Estruturadas, Fernando Migliaccio, que já havia prestado depoimento nesta sexta, foi chamado para participar da acareação com os outros três ex-executivos.
Logo depois, às 19h45, teve início a acareação entre Marcelo Odebrecht e Claudio Mello Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais do grupo.
Em depoimentos separados, os dois contaram sobre um jantar no Palácio do Jaburu em maio de 2014 no qual foi acertada uma doação de R$ 10 milhões para o PMDB, a pedido de Michel Temer. A acareação terminou às 20h30.
DepoimentosEles foram ouvidos na ação que investiga a campanha de 2014 da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer.
O tribunal apura desde 2015, a pedido do PSDB, se a chapa vencedora cometeu abuso de poder político e econômico e foi beneficiada com o esquema de corrupção que atuou na Petrobras, além de receber propina. Os advogados de Dilma e de Temer negam.
Além dos três, falaram nesta sexta outros quatro ex-executivos da Odebrecht, de forma individual ou conjunta, para esclarecer fatos já narrados desde a semana passada sobre como a empresa realizava doações eleitorais e se relacionava com políticos.
O depoimento conjunto foi marcado para esclarecer fatos já narrados desde a semana passada sobre como a empresa realizou doações para a campanha de 2014 da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer, alvo de investigação na Corte eleitoral.
Mais cedo, Benjamin, relator do processo, ouviu Fernando Migliaccio, um dos repensáveis pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, que, segundo os delatores, servia para o pagamento de propina em dinheiro no Brasil e contabilizava os pagamentos ilícitos.
Marcelo, Hilberto e Benedito fizeram a acareação por meio de videoconferência, já que depuseram, respectivamente, de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
Benedito deixou o TRE-RJ por volta das 21h.
Nas delações da Odebrecht, os três contaram como se operava o caixa dois na campanha de 2014, com repasse de doações não declarados à Justiça.
Outros depoimentosDepois da segunda acareação, o TSE passou a ouvir Maria Lúcia Tavares, que também trabalhou no departamento de propinas da Odebrecht. Ela falou por videoconferência do TRE da Bahia.
Em seguida, depôs José de Carvalho Filho, ex-funcionário que recebia pedidos de parlamentares por doações e levava as solicitações aos executivos da construtora.
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