Política
Vereadores pretendem elevar status da Uveal
Diante da AMA, entidade dos vereadores não consegue expressão em Alagoas
A eleição para diretoria da União dos Vereadores de Alagoas (Uveal) tem ganhado destaque. A disputa pela cabeça da entidade que representa os 1.076 parlamentares municipais do estado gerou embates até mesmo dentro dos partidos. Mesmo assim, a entidade não consegue nem se aproximar em peso político no cenário estadual de sua organização congênere, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).
Diversas são as análises para que tentam explicar o motivos da diferença em influência política entre as organizações: da falta de compreensão de sua importância pelos vereadores à maior representatividade dos prefeitos. “Quanto mais raro é o espaço que se ocupa, e há bem menos prefeitos que vereadores, mais peso esse espaço possui. Por isso, a AMA tem mais importância política que a Uveal, mesmo havendo estudos que apontam ser os vereadores melhores transferidores de voto numa eleição para deputado estadual do que os prefeitos”, diz o cientista político Ranulfo Paranhos.
Não só em representatividade de seus associados, a AMA também arrecada bem mais que a Uveal. Enquanto a primeira recebe perto de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – e conta com 100% de adesão em Alagoas –, a segunda luta está entre chapas. Para Hugo Wanderley, a falta de consenso entre os vereadores pode não ser benéfica. “Fui eleito três vezes para a Uveal, a primeira com disputa e as demais por consenso. A disputa pode até oxigenar a entidade, para ter metade das câmaras adimplentes, num valor médio de R$ 300,00 cada. “Na Uveal, nem se tem clareza de como se dará a contribuição financeira à entidade: se por câmara ou por vereador. O estatuto é um pouco confuso sobre isso, quando ela ocorre com propostas, mas muitas vezes, ela se acirra demais e sai do debate de ideias, o que é muito prejudicial”, diz Hugo Wanderley.
A disputa pela direção da Uveal ganhou holofotes por críticas ao processo e pelos mas vem se adotando as duas formas. Já na AMA, a contribuição é em cima do FPM. Pouco menos de 1%”, comenta Hugo Wanderley (PMDB), atual presidente da AMA e ex-presidente da Uveal, a qual comandou até dezembro de 2016.
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