A esposa do vereador Luciano Marinho (PTN) já atuava como guarda na Câmara Municipal de Maceió (CMM), mesmo antes de o parlamentar ter se elegido em outubro de 2016. Em contato com a reportagem, ele explicou a situação.

“Minha esposa já trabalha na Câmara e desde antes eu ser vereador. O que aconteceu foi que a vereadora Silvânia Barbosa [PRB] levantou um questionamento de que haveria vereadores beneficiando guardas lotados aqui na Casa e eu exigi que ela dissesse os nomes deles. Também exigi do presidente Kelmann Vieira [PMDB] que ela trabalha porque isso é o correto”, diz Luciano Marinho.

O parlamentar ressalta que houve equívoco na repercussão de sua fala na tribuna da CMM.

DISCURSO

Na sessão da última terça-feira (7) da CMM, Luciano Marinho disse, após cobrar de Silvânia Barbosa os nomes dos vereadores que usavam os serviços de guardas municipais, que “eu quero que a partir de amanhã [terça-feira, 8] o senhor [Kelmann Vieira] aloque minha esposa aqui nesta Casa para que ela possa trabalhar. Eu não quero ser conivente com essa situação que a vereadora citou. Quero que o senhor arrume um local aqui nesta casa”.

Em seguida, Luciano Marinho revelou que sua esposa lhe disse estar sendo ameaçada e que já havia relatado o caso ao presidente da CMM.

“Eu o procurei para explicar a situação da minha esposa. Fui eleito vereador e moro numa região violenta da cidade. Minha esposa era lotada no Denisson Menezes, na região do Lucila Toledo, uma das comunidades que mais se mata aqui nessa cidade. Minha esposa me procurou e me disse que se sentia amedrontada porque ‘você foi eleito vereador e estão me procurando e apontado o dedo para mim e dizendo esta é a esposa do vereador deste bairro’. Procurei o presidente e coloquei para ele essa situação”, disse o vereador.

O discurso do parlamentar pode ser abaixo, a partir de 1:32:06.