Política
Condições do Instituto de Medicina Legal são alvos de críticas na Assembleia
Deputados estaduais externam preocupações com a situação dos corpos e atendimentos dos médicos legistas
A sessão de terça-feira (21), na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), foi marcada pela reclamação dos deputados João Luiz (PSC) e Rodrigo Cunha (PSDB) de que não recebem retorno das indicações de denúncias feitas por eles e outros parlamentares referentes ao trabalho de fiscalização que exercem no estado. Além disso, os deputados criticaram a atual situação do Instituto de Medicina Legal (IML) de Alagoas.
Em seu discurso, João Luiz chegou a dizer que há seis meses tenta uma audiência com o governo e não consegue.
“Em quase 800 dias de mandato eu nunca tive um requerimento, um oficio sequer respondido pelo Palácio do Governo. Nem sim, nem não. Faz seis meses que eu pedi uma audiência para o Sindicato dos Arrumadores. Eles gostariam de ter uma conversa com o governo, mas não tive retorno”, desabafou o parlamentar.
Quando o assunto foi o IML, João Luiz fez duras críticas a situação. “Há 800 dias eu denunciei aqui a situação do IML. Quando um jovem morreu num acidente de moto e eu fui lá liberar o corpo e passei 14 horas no local. A resposta que a gente recebeu foi que em 200 dias estava se inaugurando um novo Instituto. O que vemos hoje é o IML de Maceió com 42 corpos, inclusive no chão porque não tem condição de fazer a autopsia e segundo porque não tem onde enterrar”, relatou o deputado.
O parlamentar Gilvan Barros Filho (PSDB) solicitou a fala para expor um problema que teve no Instituto de Arapiraca, onde segundo ele, o médico plantonista teria dado uma ordem aos funcionários do lML de que não era para acordá-lo.
“Nós passamos por um problema também com um familiar, só que desta vez em Arapiraca, o corpo chegou por volta de 1h da madrugada, eu cheguei pela manhã e o corpo ainda não tinha sido liberado. Dessa vez não era por falta de equipamento, era simplesmente porque o médico não queria ser acordado. O médico não é daqui do estado e o corpo foi liberado após 12 horas”, denunciou o deputado estadual.
João Luiz reclama de abandono de escola
O deputado João Luiz também trouxe para o plenário, uma denúncia que fez também há 800 dias sobre abandono de uma escola que fica localizada no Conjunto Santa Maria, na BR 104, próximo ao conjunto Eustáquio Gomes.
“Em meu primeiro discurso há 800 dias, eu denunciei o abandono de uma escola fechada no conjunto Santa Maria. Tenho aqui a primeira matéria clamando aos poderes do nosso estado que olhasse aquela escola. Uma construção de primeiro mundo feita pela gestão da presidente Dilma [PT]. Fiz vários apelos e nunca fomos respondidos. Foram 800 dias sem resposta, nem do município, nem do estado. E agora eu me deparo com o Ministério Público que abriu um processo para apurar o abandono e a depredação do Centro Educacional. A prefeitura diz que não é dela, o estado diz que a escola não é dele. Quem inaugurou a escola? A festa da inauguração foi feita e hoje o que o MP Estadual mostra é depredação total, não sobrou nada. De uma escola construída pelo governo federal e com o padrão de primeiro mundo, entregue a Alagoas e os nossos governantes deixaram que a escola totalmente destruída”, disse.
O parlamentar foi além e lembrou que “brigou” pelo bem da escola. “Eu briguei por essa escola, pedindo pelo menos um guarda para que impedisse que fosse levado tudo da escola. Então quando a população pergunta: cadê o político que não viu? Eu respondo: ‘é que o político denuncia, manda ofício, e é feito de conta que a gente não existe”.
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