Política

É possível ser eficiente no serviço público, diz Christian Teixeira

Metas da Secretaria de Estado do Planejamento têm sido cumpridas para dar mais segurança aos servidores

Por Tribuna Independente 30/12/2016 07h44
É possível ser eficiente no serviço público, diz Christian Teixeira
Reprodução - Foto: Assessoria

Carlos Christian Reis Teixeira, 41 anos de idade, advogado especialista em Direito Administrativo, Eleitoral, Cível e Trabalhista foi uma das surpresas quando o governador Renan Filho (PMDB) anunciou, há dois anos, sua equipe de governo, incluindo seu nome, como Secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio. Até então a experiência de Christian Teixeira no setor gestão público era ter sido procurador-chefe de licitações, contratos e convênios da Prefeitura de Maceió. Suas metas principais: qualidade e eficiência.Nesta entrevista à reportagem da Tribuna Independente, o secretário destaca o funcionamento de uma das pastas mais importantes do Estado que vem dialogando constantemente com servidores públicos.

Tribuna Independente - O governador Renan Filho inovou, fundindo a secretaria do Planejamento com a de Gestão e Patrimônio. Houve vantagem com essa fusão?

Christian Teixeira - A ação fez parte do pacote de medidas de austeridade adotadas pelo governador Renan Filho, na busca de reequilibrar as contas do Estado. O desafio de fazer a fusão de duas grandes pastas (Gestão e Planejamento) representou uma economia aos cofres públicos e vem dando resultados eficazes à população alagoana, desde o início da gestão.

Tribuna Independente - Quais têm sido os resultados?

Christian Teixeira - Diferentemente de anos anteriores, Alagoas tem se destacado positivamente perante os demais estados. Com o cenário de crise financeira que abala boa parte do Brasil e do mundo, temos buscado soluções e avanços para os servidores públicos estaduais. A cada dia, mostramos que é possível fazer serviço público com qualidade e eficiência. A repactuação de contratos existentes, o corte de gastos da máquina pública, a política de aproximação, a valorização do servidor público e a ampliação da capacitação técnica na administração pública têm sido resultados positivos alcançados ao longo de nossa gestão.

Tribuna Independente - O que de mais positivo ocorreu na área de Planejamento?

Christian Teixeira - Com uma máquina pública enxuta e eficaz, hoje podemos dizer que temos um Estado organizado no que se refere ao Planejamento. Temos procurado realizar uma gestão que prioriza fazer mais com menos, utilizando o trabalho desenvolvido por servidores públicos da casa, evitando, assim, contratações dispendiosas aos cofres públicos. Embora o País esteja passando por um momento de restrições financeiras, não podemos deixar de avançar. É nosso dever encontrar formas de fazer mais com menos, poupar recursos sem deixar de garantir a qualidade e a otimização do serviço público. Ainda temos muito trabalho pela frente, mas temos também consciência do nosso esforço e dos resultados que eles já estão trazendo ao cidadão alagoano.

Tribuna Independente - E na área de Gestão e Patrimônio?

Christian Teixeira - Temos feito uma gestão baseada na ética, proximidade e transparência, tratando os servidores públicos com o zelo e respeito que merecem. Os representantes de sindicatos não estavam acostumados a ver gestores do Estado abrirem as contas públicas de forma transparente e dizerem para eles, olhando nos olhos, a real situação do Estado e a boa vontade em encontrar soluções. Esse tem sido um de nossos maiores desafios à frente da Secretaria e tenho visto que os servidores e a população têm reconhecido o bom trabalho que vem sendo desempenhado. O modelo de gestão da Seplag é certificado pela NBR ISO 9001, o que nos assegura a prestar um serviço de qualidade ao cidadão alagoano. No Patrimônio, estamos realizando um levantamento do acervo de bens móveis e imóveis do Estado, com servidores da casa, no intuito de dar aos bens públicos a destinação correta e trazer benefícios à população.

Tribuna Independente - Aparentemente, em certas situações há convergência de questões entre Planejamento e Desenvolvimento Econômico. Como conciliar?

Christian Teixeira - O Governo de Alagoas é único e o Planejamento e o Desenvolvimento Econômico são pastas que podem, e devem, caminhar em sintonia. Todos os órgãos e secretarias têm trabalhado em total harmonia no sentido de prestar um serviço público de melhor qualidade ao cidadão alagoano. O papel da Secretaria do Planejamento é essencial, não só para o Desenvolvimento Econômico, mas para todas as outras áreas. Juntar esforços é essencial na construção de uma nova Alagoas.

Tribuna Independente - Qual o peso do funcionalismo público na administração do Estado de Alagoas?

Christian Teixeira - Eu costumo dizer que o servidor público é o nosso patrão. O cidadão alagoano precisa de um serviço público eficaz e que funcione adequadamente, e para que isso aconteça, é necessário que a máquina pública seja composta de servidores dedicados e preparados para fazerem o melhor, atendendo às necessidades da sociedade. Por isso, temos investido em capacitações e treinamentos para o funcionalismo público, além de cuidar da motivação e valorização de nossos servidores.

Tribuna Independente - Há carência de pessoal em vários órgãos, mas não é possível fazer concurso para todos, pela questão financeira e pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Qual a saída?

Christian Teixeira - Está sendo concluído um estudo na Secretaria do Planejamento e Gestão para avaliar as áreas de maior carência em Alagoas. A partir daí, o Estado terá uma visão real do déficit dos segmentos mais necessitados. Atendendo às prioridades, teremos um cenário real para verificar as demandas secundárias e continuaremos trabalhando no sentido de cortar gastos e enxugar as despesas públicas estaduais. Só assim teremos a viabilidade de oferecer capacidade de investimentos em prol do desenvolvimento de Alagoas. Além disso, nosso objetivo é realizar concursos públicos em formatos menores, sem direito a reservas técnicas. Assim, serão chamados os aprovados e evitaremos judicializações, que terminam por dificultar a conclusão dos certames.