Política
Como testemunha de Cunha, Lula participa de videoconferência com Moro
Ex-presidente foi arrolado como testemunha de defesa do ex-deputado federal
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou por volta de 17h05 ao Fórum Federal de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para participar como testemunhas na ação penal que tem como alvo o ex-deputado federal Eduardo Cunha. Lula participará de videoconferência com o juiz federal Sérgio Moro, que estará em Curitiba.
O pecuarista José Carlos Bumlai também participa da videoconferência. Ele chegou antes que Lula.
Bumlai voltará a ser ouvido a partir das 17h30, no processo contra Eduardo Cunha, mas dessa vez na condição de testemunha de defesa. A ação contra o ex-deputado trata sobre o pagamento de propina devido ao contrato de exploração de petróleo no Benin, na África. Segundo o MPF, Cunha também usou contas na Suíça para lavar o dinheiro.
Em seguida, Moro deverá falar com o ex-presidente Lula, que também foi arrolado pela defesa de Cunha como testemunha, assim como o presidente Michel Temer (PMDB). Esta será a primeira vez que Lula falará ao juiz Sérgio Moro. O depoimento será tomado por videoconferência. O ex-presidente estará em São Bernardo do Campo.
Bumlai se cala
Pela manhã, Bumlai participou de outra audiência por videoconferência para a Justiça Federal do Paraná, desta vez no processo contra Lula relacionado à Operação Lava Jato.
A força-tarefa da Lava Jato acusa o ex-presidente de receber R$ 3,7 milhões em propina da construtora OAS. A denúncia cita três contratos da OAS com a Petrobras e afirma que o pagamento da propina se deu por meio da reserva e reforma de um apartamento tríplex em Guarujá, no litoral de São Paulo, e do custeio do armazenamento de seus bens.
Lula responde por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa do ex-presidente nega as acusações e fala em "histórico de perseguição e violação" a Lula.
Bumlai é amigo do ex-presidente Lula. Como consequência daLava Jato, ele foi condenado a 9 anos e 10 meses de prisão em um processo da 21ª fase por crimes como gestão fraudulenta e corrupção passiva.
Bumlai foi condenado pela participação, obtenção e quitação fraudulenta do empréstimo no Banco Schahin de R$ 12 milhões, em 2004, e pela participação, solicitação e obtenção de vantagem indevida no contrato entre a Petrobras e o Grupo Schahin para a operação do Navio-Sonda Vitória 10.000.
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