Política
Em dia de protestos, movimentos buscam conscientizar alagoanos contra PEC 55
Manifestação acontece na Praça dos Martírios, no Centro de Maceió na tarde desta sexta
Na tarde desta sexta-feira (25), uma manifestação de centrais sindicais e movimentos sociais acontece na Praça dos Martírios, no Centro de Maceió, contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, antiga PEC 241, contra o desmonte dos direitos da classe trabalhadora, como as privatizações e a reforma da previdência. O ato está programado para acontecer até o final da tarde e o seu maior objetivo é conscientizar a população sobre os problemas que a sociedade brasileira pode enfrentar com os cortes previstos com a possível aprovação da PEC no próximo dia 29 (terça-feira).
A presidente da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL), Rilda Alves afirmou à redação do Tribuna Hoje que a manifestação de Maceió segue o Dia Nacional de Protestos e que já contou com atos em Arapiraca e Delmiro Gouveia. A capital alagoana também foi palco, durante o período da manhã, de um ato marcando o Dia Internacional de Violência Contra a Mulher. O ato matutino foi iniciado em frente ao antigo Produban, de onde o grupo seguiu até a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), onde ocorreu reunião.
Rilda disse também que as manifestações e lutas com centrais e movimentos não devem parar. Os participantes do ato devem realizar panfletagem e conscientizar o povo. “Queremos trazer a população pra essa luta. Com a aprovação dessas medidas, perde a sociedade. Estamos organizando caravanas para Brasília no dia 29 para reforçar os protestos contra a provação no Senado”, relatou.
(Foto: Sandro Lima)
Rilda Alves disse que várias caravanas vão de Alagoas no dia da votação da PEC 55 no Senado
Os movimentos também devem cobrar os senadores da bancada alagoana para que eles se abstenham de votar a favor da PEC. “Precisamos garantir que os senadores daqui não votem contra a população. Para isso temos que pressionar o governo federal, os deputados federais de Alagoas e senadores”, pontuou Rilda Alves.
O Sintufal (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas) também esteve presente no ato. Além de participar do protesto, o sindicato ofereceu alguns serviços de saúde para a população como verificação de pressão, glicemia e vacinação, com técnicos da Sesau (Secretaria de Estado da Saúde).
Sintufal participa do ato dentro do calendário de atividades de greve
Evilásio Freire, coordenador geral do Sintufal afirmou que a categoria está organizando caravanas e atividades durante o seu período de greve, deflagrada em 31 de outubro. “O ato foi pensado para dialogar com a população, panfletar, fazendo a divulgação do movimento”, relatou.
Outras atividades marcam a próxima semana de greve dos técnicos da Ufal, como a assembleia geral da greve na entrada do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), a campanha ‘Doe seu Sangue contra a PEC da Morte’ na quinta-feira (1º) também no HUPAA e reunião do comando-geral da greve na sexta-feira (2).
Durante os 26 dias de greve, o Sintufal tem realizado discussões das atividades diárias da universidade, como por exemplo a questão do calendário de matrículas da Ufal, que foi suspenso. Os técnicos entenderam que a matrícula não é atividade essencial e por isso houve a suspensão.
(Foto: Sandro Lima)
Coordenador geral do Sintufal, Evilásio Freire
Evilásio afirmou que os docentes realizam assembleia na próxima semana e devem seguir outras universidades deflagrando sua greve.
Os técnicos da Ufal ressaltaram que a PEC 55 não é o único motivo para a entrada da greve da categoria. Ao final da paralisação de 2015, vários itens acordados entre o governo federal e eles não foram cumpridos. Segundo Evilásio, só dois itens negociados teriam sido cumpridos.
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