Política
Prefeitos eleitos iniciam disputa pela presidência da AMA
Nomes dos candidatos vão surgindo paulatinamente em determinadas regiões
O fim das eleições municipais com o resultado em definitivo das urnas, com exceção de Maceió, que está sem segundo turno, não representa descanso para os candidatos vitoriosos às prefeituras. Uma nova disputa, ainda que tímida, se inicia pela presidência da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), atualmente gerida pelo prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão (PRB). A perspectiva é que nos próximos meses, a contar de outubro até janeiro, as articulações para a presidência da entidade se intensifiquem.
A eleição está marcada para 30 de janeiro e momentaneamente, alguns nomes surgem na disputa. Grupos políticos de determinadas regiões do Estado trabalham com estas possibilidades: Jeannyne Beltrão (PRB), de Jequiá da Praia; Rosiane Beltrão (PMDB), de Feliz Deserto; Hugo Wanderley (PMDB), de Cacimbinhas; Marcelo Lima (PMDB), de Quebrangulo; e Pauline Pereira (PSDB), de Campo Alegre.
Para o presidente da AMA, Marcelo Beltrão, o interesse em presidir a entidade é natural, tendo em vista que os 102 municípios estão filiados.“A AMA tem um papel preponderante nas discussões sobre a pauta municipalista com governos, legislativos, bancadas e órgãos de controle. Inclusive, tem acento na Confederação Nacional dos Municípios. Obviamente, estaremos nos prontificando para que a eleição agendada para o fim de janeiro siga todos os trâmites”, ressalta o atual presidente.
Marcelo Beltrão preside a Associação dos Municípios Alagoanos pela segunda vez. Sua primeira gestão foi compartilhada com Jorge Dantas (PSDB), de Pão Açúcar. Desta vez, o prefeito encerra o biênio.
Formalização de grupos está em discussãoApesar de a articulação política estar em fase inicial, alguns prefeitos eleitos no domingo (2) já comentam o cenário acerca da presidência da AMA para o biênio 2017-2018.É o caso de Jeannyne Beltrão (PRB), de Jequiá da Praia. À reportagem da Tribuna Independente, a prefeita eleita confirmou seu interesse e prega união. “Tenho recebido apoios de outros prefeitos e confirmo interesse na disputa para presidir a AMA. Precisamos unir forças para chamar a atenção do Governo Federal. Nossa maior bandeira de luta é justamente discutir e cobrar para que os municípios, principalmente os pequenos não sejam penalizados”, explica Jeannyne Beltrão.A prefeita eleita aposta no diálogo com gestores do Litoral Sul. Ela faz questão de ressaltar que nesta rodada de debates está inclusa a prefeita Rosiana Beltrão. “Não há divergências. Queremos o melhor para os municípios.TRÊS REGIÕES
Em busca de entendimento para lançar um nome na disputa da presidência da AMA, dois prefeitos eleitos percorrem o Agreste, Sertão e a Zona da Mata para fortalecer uma candidatura. Hugo Wanderley e Olavo Neto, ambos do PMDB, acreditam numa Associação forte e renovada, no entanto ter apenas um postulante ao cargo evita disputas.“Estamos em contato permanente para escolher um nome que agregue, que amplie os debates sobre a pauta municipalista. Meu nome tem sido posto, mas ainda precisamos debater”, disse Wanderley, que já presidiu a União dos Vereadores de Alagoas (UVEAL).Já Olavo Neto compreende a necessidade de ter um candidato que não proporcione desgastes ou rupturas. “O que precisa estar em jogo é melhorar as condições econômicas dos municípios. Disputa gera desgaste”, entende o prefeito eleito de Murici.
ARTICULAÇÃOMais candidatos também podem ser alçados para a disputa da presidência da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). São eles: Pauline Pereira, Marcelo Lima e Jarbinhas, reeleito para administrar o município e Messias. Pauline reúne apoiadores a exemplo de sua família, que tem uma grande base eleitoral nos municípios de Junqueiro, Teotônio Vilela, Campo Alegre e Limoeiro de Anadia. Marcelo Lima, por sua vez, tenta concentrar apoios em municípios da região Agreste.
CONTRIBUIÇÃOCom todos os 102 municípios filiados, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) conta com um orçamento que é descontado a cada repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os valores são repassados de forma proporcional. Ou seja, a contribuição de Maceió não é igual a do município de Pindoba, por exemplo. Os eleitos para o cargo de presidente e diretoria administrativa não recebem salários.
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