A Polícia Federal informou que deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a segunda fase da Operação Metamorfo, destinada a desarticular uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A ação ocorreu de forma coordenada em Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte, mobilizando cerca de 50 policiais federais e 40 policiais militares.

De acordo com a PF, as equipes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) cumpriram 13 mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Os alvos estavam distribuídos em pontos estratégicos dos três estados e faziam parte de um esquema com forte estrutura operacional.

Liderança coordenava crimes usando falsa identidade dentro do sistema prisional

As investigações detalham que a organização era comandada por um líder que, mesmo preso e utilizando falsa identidade, mantinha o controle das atividades ilegais. Segundo a PF, o grupo operava com uma rede ramificada de gerentes de tráfico, operadores financeiros e pessoas de confiança responsáveis por movimentar recursos e ocultar patrimônio.

O esquema envolvia movimentação atípica de grandes valores, utilizando contas bancárias de terceiros, incluindo cônjuges e indivíduos sem vínculo formal de trabalho. A Polícia Federal identificou também a aquisição de imóveis e o uso de empresas de fachada para dissimular a origem do dinheiro proveniente das atividades criminosas.

As diligências apontaram a existência de um volume elevado de operações financeiras suspeitas, sugerindo uma estrutura profissionalizada voltada para a lavagem de capitais e a expansão do tráfico em diversos estados.

Segundo a corporação, a segunda fase da Operação Metamorfo reforça a estratégia de ataque ao patrimônio de organizações criminosas, considerada essencial para reduzir a capacidade de articulação desses grupos. A PF destacou que a atuação conjunta com as Polícias Militares de Alagoas e Pernambuco foi determinante para garantir a execução simultânea dos mandados.

A instituição afirmou que permanece focada na repressão qualificada ao tráfico de drogas e às estruturas de lavagem de dinheiro, com ações que visam preservar a ordem pública e promover maior segurança à sociedade.