Polícia

“Ele dizia que não aceitava o fim”, diz mãe de jovem morta a facadas em Jaramataia

Karoline Roberto, de 23 anos, foi assassinada dentro de casa pelo marido; segundo a família, ela vivia um relacionamento marcado por ciúmes e violência

Por Tribuna Hoje 26/10/2025 10h20
“Ele dizia que não aceitava o fim”, diz mãe de jovem morta a facadas em Jaramataia
Karoline Roberta e seu assassino - Foto: Arquivo Pessoal

“Toda vez que ela terminava o relacionamento, ele a ameaçava e dizia que não aceitava o fim. Ele era muito ciumento e a perseguia onde ela fosse.” O desabafo é de Rosilene Roberto, mãe de Karoline Roberto dos Santos Bezerra, de 23 anos, assassinada a facadas na manhã da última sexta-feira (24), dentro da casa onde morava, em Jaramataia, no Sertão de Alagoas.

De acordo com Rosilene, a filha vivia um relacionamento abusivo há cerca de cinco anos. Em um dos episódios de violência, o marido teria incendiado o guarda-roupa da jovem por ciúmes. “Ela contava que ele não aceitava que ela falasse com ninguém, controlava o celular, as roupas, tudo”, contou a mãe, emocionada.

Karoline relatava à família situações de agressões e ameaças constantes, mas não há confirmação se chegou a registrar boletim de ocorrência ou pedir medida protetiva contra o suspeito.

Crime dentro de casa


Segundo o relato da mãe, o homem trancou Karoline no quarto da residência e a matou com várias facadas. A polícia ainda não informou o número de golpes desferidos contra a vítima. O suspeito foi preso em flagrante no mesmo dia e segue à disposição da Justiça.

Rosilene disse que soube da morte da filha por meio de uma ligação da filha mais nova. “Estávamos no interior, construindo uma casa, quando minha filha ligou chorando, desesperada, dizendo que Karoline estava morta”, relembrou.

Jovem era mãe e sonhava com dias melhores


Karoline deixou dois filhos de outro relacionamento — um menino de cinco anos e uma menina de nove. Segundo a mãe, ela trabalhava em uma escola, ajudando nas atividades com crianças, e gostava de jogar bola nas horas livres. “Era alegre, amorosa e sonhava em dar uma vida melhor para os filhos”, lamentou Rosilene.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da 3ª Região, que apura as circunstâncias do crime e o histórico de violência doméstica sofrido pela jovem.