A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem a Operação Formação Legal IV, de âmbito nacional, com o objetivo de fiscalizar algumas empresas de curso de formação de vigilantes. Ao longo do dia, seriam fiscalizadas 287 das 323 escolas de formação de profissionais de segurança privada em todo o Brasil, com o emprego de mais de 300 policiais federais. Esse número representa cerca de 90% das empresas de curso de formação existentes no país.

Segundo a assessoria de comunicação da PF, em Alagoas foram fiscalizadas quatro Escolas de Formação de Vigilantes, na capital Maceió e no interior. Durante a operação, cujos detalhes ainda não foram divulgados, foram encontradas irregularidades em apenas uma das escolas, localizada em Arapiraca. Questionada sobre que tipos de irregularidades encontradas, a assessoria da Federal disse apenas que foram encontradas “irregularidades administrativas, objeto de notificação para retificação”.

“Durante a operação, seria verificada a regularidade dos cursos, especialmente quanto ao cumprimento da grade curricular e da carga horária; controle de frequência dos alunos; observância quanto à quantidade máxima de alunos permitida em sala de aula; regularidade dos instrutores; regularidade na aplicação de provas; observância da quantidade mínima de tiros prevista para cada curso; e outras obrigações previstas na legislação”, informou a assessoria de comunicação da PF.

As unidades passaram por uma série de verificações para avaliar a regularidade dos cursos oferecidos, a qualidade dos equipamentos e a situação dos estandes de tiros para os treinamentos com armas de fogo. “Caso seja constatada alguma irregularidade, a empresa autuada, após regular processo administrativo, poderá sofrer penalidade de advertência, multa e até o cancelamento de sua autorização de funcionamento”, acrescentou, em nota, a assessoria da PF.

Ainda segundo a nota da Federal encaminhada à imprensa, “o principal objetivo desta ação é a melhoria dos cursos e da qualidade da formação dos vigilantes, a fim de evitar desvios de conduta e fortalecer o segmento de segurança privada, que é complementar à segurança pública e fundamental para a proteção da vida e do patrimônio, contribuindo para o bem-estar da população”. A PF ficou de apresentar um balanço da operação, mas até o final da tarde de ontem, essas informações ainda não tinham sido divulgadas.