Polícia

Agente morto era acusado de estuprar e espancar a ex-esposa

Rodrigo Ferreira Gustavo da Silva não aceitava fim do relacionamento e recusava medida protetiva

Por Tribuna Hoje com agências 13/01/2025 10h26 - Atualizado em 13/01/2025 15h40
Agente morto era acusado de estuprar e espancar a ex-esposa
Resultado do inquérito será encaminhado em breve ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para os devidos trâmites legais - Foto: Ascom SSP/AL

O Centro de Maceió foi palco de uma tragédia na manhã do último sábado (11), envolvendo o agente socioeducativo Rodrigo Ferreira Gustavo da Silva, que morreu após trocar tiros com policiais civis na Praça dos Martírios. Rodrigo era acusado de estuprar e espancar a ex-esposa, além de desrespeitar uma medida protetiva que o impedia de se aproximar dela.

De acordo com o delegado Nivaldo Aleixo, plantonista da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima havia buscado abrigo na casa do irmão, temendo pela própria vida. Mesmo assim, Rodrigo teria ido até a residência do cunhado e ameaçando a família. "Ele passou a ameaçar de morte a ex e os familiares dela. O cunhado acionou o 190 quando ele apareceu na casa", explicou o delegado.

Na tentativa de escapar da polícia, Rodrigo pegou sua mãe e os filhos e seguiu de carro. Policiais da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit) o localizaram na Praça dos Martírios, onde a abordagem resultou em confronto.

Segundo o delegado, Rodrigo afirmou que estava sozinho no veículo, que tinha vidros escurecidos. Porém, ao abrir a janela, disparou contra os policiais, atingindo uma agente de polícia na região do peito. A equipe reagiu, e os tiros acertaram Rodrigo, sua mãe e uma das crianças.

O agente socioeducativo, que já estava afastado de suas funções, morreu no local. A mãe e a criança feridas foram socorridas e encaminhadas ao hospital. A policial baleada também recebeu atendimento e passa bem.

Investigação em andamento

A arma usada por Rodrigo foi apreendida e será submetida à perícia. O delegado Nivaldo Aleixo informou que os depoimentos dos policiais envolvidos e dos familiares serão colhidos para dar continuidade ao inquérito.

"É um caso lamentável, mas que reforça a necessidade de dar voz às vítimas de violência doméstica e garantir que medidas protetivas sejam respeitadas", destacou o delegado.

O episódio trouxe à tona a gravidade da violência doméstica e o impacto que ela pode ter não apenas nas vítimas diretas, mas em toda a família. A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes do confronto.