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França avança projeto para taxar empresas de fast fashion, como a Shein

Deputados da França aprovaram por unanimidade na quinta-feira, 14, um projeto de lei que busca penalizar a moda “fast fashion”, roupas de baixo custo geralmente produzidas por empresas chinesas. Entre as medidas propostas, que ainda precisam ser aprovadas pelo Senado, estão a proibição da publicidade desses produtos e o aumento gradual das penalidades de até 10 euros, o equivalente a cerca de 54 reais, por peça de roupa individual até 2030.
A proposta tem como principal objetivo diminuir o impacto ambiental gerado pela produção excessiva.
“Essa evolução do setor de vestuário em direção à moda efêmera, combinando volumes aumentados e preços baixos, está influenciando os hábitos de compra do consumidor, criando impulsos de compra e uma necessidade constante de renovação, o que não é sem consequências ambientais, sociais e econômicas”, diz o texto do projeto de lei.
A principal varejista de moda, Shein, disse em um comunicado à agência de notícias Reuters que a taxa de desperdício das suas produções é baixa e que o projeto de lei afetaria unicamente os consumidores franceses por “piorar o poder de compra, em um momento em que eles já estão sentindo o impacto da crise do custo de vida”.
O ministro do Meio Ambiente da França, Christophe Béchu, descreveu o projeto como um “grande passo em frente”.
Após um grande aumento no consumo dos produtos “fast fashion”, a França lançou um projeto de incentivo à reparação de roupas e sapatos velhos para evitar que os produtos sejam jogados fora. O incentivo reembolsa até 25 euros por cada peça de roupa que for reparada. O governo francês disponibilizou 154 milhões de euros para que esse esquema de reparo aconteça.
A indústria da moda é responsável por entre 3% e 5% das emissões globais de carbono, de acordo com o relatório State of Fashion, da consultoria McKinsey. Segundo o Ministério da Ecologia francês, dois terços das cerca de 700.000 toneladas de roupas jogadas fora por ano acabam em aterros sanitários.
Segundo a Refashion, grupo sem fins lucrativos encarregado de administrar o esquema, 3,3 bilhões de itens de vestuário, roupa de cama e calçados entraram no mercado francês em 2022.
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