Mundo

ONU aprova resolução para 'fim imediato' da guerra na Ucrânia

Por Yahoo 24/03/2022 15h47
ONU aprova resolução para 'fim imediato' da guerra na Ucrânia
Assembleia Geral da ONU em 24 de março de 2022 - Foto: Reprodução/UNTV

Nesta quinta-feira (24), a Assembleia Geral da ONU voltou a pedir o "fim imediato" do conflito entre Rússia na Ucrânia e também de "qualquer ataque contra civis e alvos civis". Esta foi a segunda resolução sobre o problema aprovada em menos de um mês. A decisão, que teve voto favorável do Brasil, não é vinculante, ou seja, não é de cumprimento obrigatório.

A resolução foi elaborada por Ucrânia e aliados e promovida por México e França. Na votação, recebeu 140 votos a favor e 5 votos contra da Rússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia e Belarus. No total, 38 países se abstiveram.

Intitulada "consequências humanitárias da agressão", a resolução pede "o cessar imediato das hostilidades" ocasionadas pela invasão da Rússia no território ucraniano e a "retirada imediata, completa e incondicional" das forças armadas russa do país vizinho.

Além disso, pede o fim da violência contra civis e alvos civis. A resolução também pede o encerramento dos “cercos” em cidades como Mariupol, que "não fazem mais do que agravar a situação humanitária da população e obstaculizar os esforços de evacuação".

Rússia e aliados não queriam o nome do país no texto, afirmando que isso “politiza” a resolução. Em contrapartida, a África do Sul apresentou um projeto paralelo em que a Rússia não era mencionada.

"A assistência humanitária não pode ser refém de considerações políticas", afirmou o embaixador do México, Juan Ramón de la Fuente, que argumentou que esta iniciativa da comunidade internacional "é o mínimo que merece o povo ucraniano". "A resposta deve estar à altura das necessidades", completou.

A primeira resolução para condenar a ação russa na Ucrânia foi aprovada no dia 2 de março, quando 141 países votaram a favor, 35 se abstiveram (entre elas China, Cuba, Nicarágua, El Salvador, Bolívia, Índia, Irã, Iraque, Cazaquistão ou Paquistão) e cinco votaram contra (Coreia do Norte, Síria, Belarus, Eritreia e a própria Rússia).