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Segundo delator em escândalo Trump-Ucrânia se apresenta, diz advogado

Queixa alega que Trump usou 400 milhões de dólares, destinados a assistência, como poder de barganha para assegurar promessa do presidente ucraniano

Por Reuters 06/10/2019 15h36
Segundo delator em escândalo Trump-Ucrânia se apresenta, diz advogado
Reprodução - Foto: Assessoria
Um segundo delator se apresentou a respeito de tentativas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de fazer com que o presidente da Ucrânia investigasse um rival político, afirmaram advogados do denunciante neste domingo. O advogado Mark Zaid afirmou que a pessoa, que também é agente da inteligência, tem conhecimento em primeira mão de algumas das acusações envolvendo a queixa do delator inicial, que ajudou a ativar procedimentos para pedido de impeachment do presidente republicano. A segunda autoridade foi interrogada pelo inspetor-geral da comunidade da inteligência, Michael Atkinson, disse Zaid. A queixa do primeiro delator, apresentada ao inspetor-geral em 12 de agosto, citava informações recebidas de meia dúzia de autoridades norte-americanas que expressaram preocupação que Trump estava usando o poder de seu cargo para solicitar interferência de um país estrangeiro, conforme busca reeleição para segundo mandato em 2020. A queixa também alega que Trump usou 400 milhões de dólares, destinados a assistência, como poder de barganha para assegurar uma promessa do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, de investigar um rival democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden, e seu filho Hunter, que trabalhou como diretor em uma companhia energética ucraniana. “Posso confirmar que meu escritório e minha equipe representam múltiplos delatores ligados às divulgações de 12 de agosto de 2019 a inspetor-geral da comunidade da inteligência”, disse Andrew Bakaj, um segundo advogado, em publicação no Twitter. Mark Zaid afirmou no Twitter que o segundo delator “também fez uma delação protegida sob a lei e não pode sofrer retaliação”. Ele disse à rede ABC News mais cedo que a segunda autoridade tinha sido interrogada pelo inspetor-geral.