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Ex-coelhinha da Playboy diz que teve relação extraconjugal com Donald Trump

Relato foi publicado pela revista 'The New Yorker'; caso teria ocorrido em 2006, antes de ele ser presidente

Por G1 16/02/2018 18h01
Ex-coelhinha da Playboy diz que teve relação extraconjugal com Donald Trump
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma segunda mulher, desta vez uma ex-coelhinha da Playboy, afirmou ter tido uma relação extraconjugal com Donald Trump antes de ele ser presidente, e revelou um suposto esquema para ocultar a infidelidade, segundo um relato publicado nesta sexta-feira (16). A ex-coelhinha da revista Playboy Karen McDougal alega que ela e Trump mantiveram uma relação sexual em 2006, meses depois de a hoje primeira-dama Melania Trump dar à luz o filho caçula do presidente. Um artigo na revista "The New Yorker" detalha supostas reuniões clandestinas, transações financeiras e acordos legais para impedir que o romance se tornasse público. Consultada, a Casa Branca não respondeu de imediato ao pedido de comentários. Mas, em uma declaração à rede NBC, um porta-voz disse que o presidente havia negado anteriormente ter tido uma relação com McDougal e qualificou as afirmações como "notícia falsa". Segundo a "New Yorker", a relação entre Trump e McDougal durou nove meses e terminou sem incidentes. A ex-"Coelhinha do ano" de 1998 teria terminado o romance porque se sentia culpada, de acordo com notas manuscritas recuperadas pela The New Yorker. Mas, anos depois, durante a campanha presidencial de 2016, McDougal vendeu sua história a um tabloide. Caso teria ocorrido em 2016 (Foto: Carlos Barria/Reuters) A The New Yorker informou que em 5 de agosto de 2016, McDougal acordou outorgar a American Media Inc (AMI), empresa proprietária do National Enquirer, os direitos exclusivos sobre "qualquer relação romântica, pessoal ou física que tenha tido com um 'homem casado'". O acordo foi supostamente no valor de US$ 150 mil dólares, mas a história nunca foi publicada. 'Ridículo' O National Enquirer, que apoiou a candidatura de Trump à Presidência, é propriedade de David Pecker, que se declarou amigo do hoje presidente. "Pecker realmente o considerava um amigo", disse à "New Yorker" Jerry George, ex-editor-chefe da AMI. "Nunca publicamos uma palavra sobre Trump sem seu consentimento". A AMI negou buscar ter influência sobre Trump. Sugerir que a AMI "está envolvida em algo que lhe permitiria ter influência sobre o presidente dos Estados Unidos é ridículo", disse em um comunicado. "Fui eu quem o aceitei, de modo que a culpa também é minha. Mas não entendi o alcance dos parâmetros" do acordo, disse McDougal à "New Yorker" em alusão ao suposto pagamento. A nota na revista foi escrita pelo filho de Mia Farrow e Woody Allen, Ronan Farrow, autor de um dos artigos que desencadeou o escândalo de abuso sexual por parte do produtor de cinema Harvey Weinstein em outubro passado. A história de McDougal se assemelha à da atriz pornô Stormy Daniels, que também assegurou ter tido uma relação com Trump em 2006. Na terça-feira, o advogado pessoal do presidente, Michael Cohen, admitiu ter pago US$ 130 mil dólares a Daniels, nome artístico de Stephanie Clifford, mas não detalhou os motivos desse pagamento. Cohen disse que fez o pagamento por conta própria e que não foi reembolsado. "Nem a Organização Trump, nem a campanha de Trump participaram da transação", indicou. A ONG Common Cause afirmou ter "razões para acreditar" que o dinheiro deve ser considerado um gasto de campanha "porque foi pago com o objetivo de influenciar nas eleições presidenciais de 2016".