Mundo

Morre jovem americano que ficou preso na Coreia do Norte

Ele foi mandado de volta aos EUA em coma após a família ficar meses sem notícias

Por G1 19/06/2017 17h59
Morre jovem americano que ficou preso na Coreia do Norte
Reprodução - Foto: Assessoria
Otto Warmbier, o jovem americano que ficou preso na Coreia do Norte do Norte, morreu. "É nossa triste tarefa anunciar que nosso filho, Otto Warmbier, completou sua jornada para casa. Cercado por sua amorosa família, Otto morreu hoje às 14h20", diz um comunicado dos pais divulgado nesta segunda-feira (19).

Warmbier foi condenado em 16 de março do ano passado pela Suprema Corte norte-coreana a 15 anos de trabalhos forçados depois ser considerado culpado de roubar um cartaz com slogan político em uma área reservada aos funcionários do hotel em Pyongyang onde estava alojado. Dia 16 de março do ano passado também foi a última vez que Warmbier foi visto publicamente.

Em coma, o estudante da Universidade da Virgínia foi mandado da Coreia do Norte para os EUA com um transporte médico e chegou a Cincinnati na última terça. Pyongyang alegou que o coma foi provocado pela combinação de botulismo com uma pílula do sono.

Veja abaixo a nota completa dos pais de Warmbier:

"É nossa triste tarefa anunciar que nosso filho, Otto Warmbier, completou sua jornada para casa. Cercado por sua amorosa família, Otto morreu hoje às 14h20.

Seria fácil em um momento como este focar aquilo em que perdemos – tempo futuro que não será gasto com um jovem brilhante, caloroso, cuja curiosidade e entusiasmo pela vida não conhecia limites. Mas escolhemos focar o tempo que ganhamos par estar com esta pessoa memorável. Podemos dizer pela enxurrada de emoção das comunidades que ele atingiu – Wyoming, Ohio, e a Universidade da Virginia, para citar apenas duas – que o amor por Otto ultrapassava muito sua família imediata.

Gostaríamos de agradecer aos maravilhosos profissionais do Centro Médico da Universidade de Cincinnati que fizeram tudo o que puderam por Otto. Infelizmente, os terríveis e tortuosos maus tratos que nosso filho recebeu nas mãos da Coreia do Norte garantiram que nenhuma outra consequência fosse possível além da triste que vivenciamos hoje.

Quando Otto retornou a Cincinnati em 13 de junho, ele não conseguia falar, ver e reagir a comandos verbais. Ele parecia bastante desconfortável – quase angustiado. Embora nunca mais tenhamos ouvido sua voz, um dia seu semblante tinha mudado – ele estava em paz. Ele estava em casa e acreditamos que ele podia sentir isso."