Mundo
Após ataque em Teerã, Irã pede cooperação internacional contra terrorismo
Rohani assegurou que seu país vai derrotar o terrorismo com “a unidade do povo persa"
O presidente do Irã, Hassan Rohani, assegurou nesta quarta-feira (7) que seu país vai derrotar o terrorismo com “a unidade do povo persa" e pediu "cooperação regional e internacional" para acabar com este flagelo, em resposta aos ataques praticados em Teerã. A informação é da EFE.
"A mensagem do Irã, como sempre, é que o terrorismo é um problema mundial, por isso é necessário uma aliança global para a luta contra o extremismo e a violência", disse Rohani em nota, na qual também ofereceu suas condolências aos familiares das vítimas dos atentados.
Os dois ataques terroristas na capital iraniana, reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), deixaram 12 mortos e dezenas de feridos no Parlamento e no mausoléu do aiatolá Khomeini.
O presidente qualificou os ataques de "atos cegos e covardes de mercenários terroristas" contra pessoas inocentes.
Esses atentados fortalecem, segundo o presidente, a "determinação na luta contra o terrorismo. A nação iraniana neutralizará qualquer complô inimigo através da unidade", enfatizou o presidente Os Guardiões da Revolução do Irã (divisão das Forças Armadas do Irã, conhecida popularmente como Guarda Revolucionária Iraniana), por sua vez, vincularam hoje os Estados Unidos e a Arábia Saudita aos atentados e prometeram "vingança".
Os terroristas - seis no total, todos eles mortos no incidente - invadiram o Parlamento e o mausoléu armados com fuzis Kalashnikov, pistolas e explosivos. Estes são os primeiros atentados do EI no Irã, país que conseguiu manter certa tranquilidade mesmo com os conflitos que assolam o Oriente Médio.
Líder supremo
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou em comunicado que os atentados registrados hoje em Teerã não afetarão a vontade do povo iraniano e dos líderes do país em derrotar os terroristas, que "serão prontalmente eliminados com a ajuda de Deus".
Khamenei indicou que esses ataques mostram que se a República Islâmica não tivesse resistido às "seduções", agora teria muitos problemas com o terrorismo. "Lamentavelmente, nossos irmãos em alguns países estão em sérios problemas", acrescentou o líder, citando Síria, Iêmen e Líbia.
Para Khamenei, a solução para resolver o conflito na Síria é que as partes em conflito "dialoguem e negociem", sem a ingerência ou o envio de armas por parte de estrangeiros.
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