Mundo
Putin diz estar "disposto a fornecer gravação" de conversa Trump-Lavrov
Donald Trump foi acusado de ter divulgado informações confidenciais ao ministro de Relações Exteriores da Rússia
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira (17) que está "disposto a fornecer a gravação" da conversa entre seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o presidente americano, Donald Trump, acusado de ter divulgado informações confidenciais durante um encontro na Casa Branca.
"Se a administração americana autorizar, estamos dispostos a fornecer a gravação da conversa entre Lavrov e Trump ao Congresso e ao Senado americanos", declarou Putin em uma coletiva de imprensa em Sochi junto ao primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni.
Nesta segunda-feira, o jornal "The Washington Post" trouxe à tona relatos de funcionários da Casa Branca que disseram que Trump havia divulgado uma informação altamente secreta sobre uma operação contra o grupo Estado Islâmico durante encontro com Lavrov e com embaixador russo Sergey Kislyak, na semana passada.
Segundo os funcionários, que não tiveram seus nomes citados pelo jornal, as informações divulgadas por Trump às autoridades russas colocam em risco uma fonte de inteligência. Essa fonte teria acesso a trabalhos internos do grupo extremista.
As informações repassadas por Trump têm a ver com a ameaça terrorista relacionada ao uso de laptops em voos, dizem as fontes. No final de março, os EUA proibiram a presença de dispositivos eletrônicos - como tablets e laptops - em voos procedentes de vários países do Oriente Médio.
Nesta terça-feira, Trump defendeu sua decisão de compartilhar informações com a Rússia. Em sua conta no Twitter, Trump disse: "Como presidente eu quis compartilhar com a Rússia (em uma reunião aberta planejada na Casa Branca), o que eu tenho o direito absoluto de fazer, fatos relativos ao terrorismo e à segurança de voos. Razões humanitárias, e além disso eu quero que a Rússia aumente sua luta contra o Estado Islâmico e o terrorismo".
Investigação sobre a Rússia
O Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos solicitou nesta terça ao FBI, todos os documentos que seu ex-diretor James Comey elaborou sobre suas conversas com o presidente Donald Trump.
A petição, assinada pelo presidente do comitê, o republicano Jason Chaffetz, inclui "memorandos, notas, resumos e gravações" em poder do FBI para que sejam entreguem antes do dia 24 de maio.
"Se for verdade, estes memorandos apresentam dúvidas sobre se o presidente tentou influenciar ou impedir a investigação do FBI no que se refere ao general (Michael) Flynn", disse Chaffetz, em sua carta dirigida ao diretor interino do FBI, Andrew G. McCabe.
O caso se complicou para Donald Trump depois que o ex-diretor do FBI, James Comey, relatou que o presidente dos EUA pediu o fim das investigações sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas. A informação foi divulgada pelo jornal "New York Times" e, se confirmada, implica o magnata no crime de obstrução de Justiça, o que poderia levar a um pedido de impeachment do presidente americano.
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