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Explosões atingem comboio de ônibus perto de Aleppo, na Síria, e deixa mortos
Defesa Civil da Síria informou ter resgatado mais de 100 corpos. Veículos transportavam civis que foram retirados de cidades sitiadas por rebeldes.
Um atentado com uma caminhonte-bomba contra um comboio de ônibus que transportava civis retirados de cidades sírias sitiadas por rebeldes e esperava para entrar na cidade de Aleppo deixou mortos e feridos neste sábado (15). A Defesa Civil da Síria, grupo de voluntários conhecidos como "Capacetes Brancos", informou ter resgatado mais de 100 corpos do local e que está prestando assistência a mais de 50 feridos. O último balanço da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) indicava 43 mortos.
Os veículos transportavam pessoas que foram retiradas de localidades sírias fiéis ao regime e estavam sitiadas por rebeldes, segundo infroma a ONG. Imagens publicadas pela mídia estatal mostraram corpos espalhados pelo chão e focos de incêndio com grandes colunas de fumaça negra. Os ônibus estavam escuros devido à explosão e suas janelas estavam quebradas.
Um correspondente da agência AFP no local viu muitos cadáveres, alguns carbonizados, incluindo crianças, e membros espalhados pelo chão, perto dos ônibus destruídos pela explosão. Ele também viu um grande número de feridos e pessoas em pânico na área onde os ônibus estão estacionados.
"Há feridos sucumbindo aos ferimentos e estamos encontrando mais corpos", informou o OSDH à agência France Presse.
A explosão ocorreu na área de Rashidin, setor rebelde a oeste de Aleppo, onde 75 ônibus carregando principalmente moradores xiitas de dois vilarejos estavam esperando para entrar na cidade, como parte de um acordo entre as partes em guerra. Eles estavam bloqueados desde sexta-feira em razão de divergências entre as partes em conflito, impedindo-os de prosseguir viagem.
O suicida estava dirigindo uma caminhonete que transportava ajuda alimentar e detonou o veículo perto dos veículos estacionados.
Transferência de moradores
Na sexta-feira, mais de 7 mil pessoas foram retiradas simultaneamente de quatro cidades: Fua e Kafraya, de onde saíram 5 mil pessoas, e das cidades rebeldes de Madaya e Zabadani, de onde saíram 2.200, de acordo com o OSDH.
Essas evacuações, as últimas de uma longa série desde o início, há cerca de seis anos da guerra na Síria, foi possível graças a um acordo entre todas patrocinado pelo Catar, que apoia os rebeldes, e o Irã, aliado do regime.
Os habitantes de Fua e Kafraya deveriam se dirigir, passando por Rashidin, a Aleppo, Damasco ou Latakia (oeste), redutos do regime. Simultaneamente, e também através de Aleppo, os evacuados de Madaya e Zabadani deveriam seguir para a província rebelde de Idlib (noroeste).
Mas em razão de divergências, os evacuados de Fua e Kafraya se viram bloqueados em Rashidin, enquanto os de Madaya e Zabadani ainda estavam esperando em Ramussa, localidade pró-regime a oeste de Aleppo.
Um líder rebelde havia dito à AFP que os desacordos estavam relacionadas ao número de combatentes armados evacuados. No total, mais de 30 mil pessoas deveriam ser evacuadas em duas etapas sob os termos do acordo alcançado em março.
Vários redutos rebeldes foram tomadas no ano passado pelo regime, com o apoio de sua aliada Rússia que interveio militarmente na Síria em setembro de 2015.
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