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Coreia do Norte tenta fazer novo teste de míssil, mas fracassa, diz vizinho
Tentativa ocorre um dia após desfile militar em Pyongyang em que mísseis foram exibidos. Míssil não identificado "explodiu quase imediatamente", dizem EUA.
A Coreia do Norte tentou lançar um míssil neste domingo (horário local) perto de Sinpo, na sua costa leste, mas acredita-se que o teste tenha fracassado, segundo afirma o Ministério da Defesa da Coreia do Sul.
"A Coreia do Norte tentou testar um novo tipo de míssil não identificado na área de Sinpo, na província de Hamkyong do Sul, mas suspeitamos que o lançamento fracassou", disse o ministério sul-coreano em um comunicado, acrescentando que o teste está sendo analisado mais detalhadamente.
O Comando do Pacífico dos Estados Unidos confirmou a informação, dizendo que detectou o lançamento de um míssil perto de Sinpo e que o dispositivo "explodiu quase imediatamente". O tipo de míssil usado ainda está sendo analisado, segundo o Comando.
A tentativa de lançamento de um novo míssil acontece um dia depois que a Coreia do Norte celebrou com um desfile militar o "Dia do Sol", data do nascimento do líder fundador da dinastia, Kim Il-Sung (15 de abril de 1912 - 8 de Julho de 1994), avô do atual líder norte-coreano, Kim Jong-Un.
Pyongyang utilizou o desfile para uma demonstração de força e enviar uma mensagem a Washington, Seul, Tóquio e demais países sobre as suas capacidades militares. No desfile, foram mostrados tanques e armas que preocupam a comunidade internacional: um total de 56 mísseis de 10 classes diferentes, transportados por reboques e caminhões.
Kim não falou durante a cerimônia, mas o vice-presidente da Comissão dos Assuntos de Estado, segundo na hierarquia do país, fez um discurso desafiador no qual alertou que o país está pronto para reagir a qualquer provocação.
"Estamos prontos para responder a uma guerra total com uma guerra total e estamos prontos para responder com ataques nucleares a qualquer ataque nuclear", declarou Choe Ryong Hae.
Tensões
O programa nuclear da norte-coreano provoca tensão com os seus vizinhos e com os EUA. No final de semana passado Washington anunciou o envio de um grupo aeronaval americano, incluindo o porta-aviões 'USS Carl Vinson', para a península da Coreia.
A Coreia do Norte, por sua vez, denunciou o que chamou de envio "insensato" da Marinha americana e advertiu que Pyongyang está preparado para responder com "a poderosa força das armas" em caso de provocação.
O presidente chinês, Xi Jinping, defendeu nesta quarta uma solução pacífica para a crise, durante uma conversa por telefone com seu homólogo americano, Donald Trump, que havia dito que estava decidido a resolver a questão norte-coreana com ou sem a ajuda da China.
Observadores disseram nesta semana que a Coreia do Norte poderia lançar neste sábado um novo teste nuclear ou balístico, ambos proibidos pela comunidade internacional.
A China, considerada única aliada da Coreia do Norte, advertiu que um "conflito poderia eclodir a qualquer momento" e reiterou que o "diálogo é a única saída".
E, durante uma conversa telefônica, o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi afirmou ao seu colega russo Serguei Lavrov, que a China quer cooperar com a Rússia para "apaziguar" o mais rápido possível a tensão em torno da Coreia do Norte.
Pyongyang tem sido alvo de várias resoluções da ONU que procuram impedir o país de adquirir tecnologia nuclear e balística.
O país asiático, que já realizou 5 testes nucleares nos últimos meses, quer desenvolver um míssil intercontinental capaz de atingir os EUA, o que, de acordo com Trump, "não vai acontecer".
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