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Polícia detém 8 suspeitos de ligação com atentado em Londres
Suspeitos foram detidos em Londres, Birmingham e outras regiões do Reino Unido. 29 feridos permanecem internados.
o pessoas foram detidas em seis endereços de Londres, Birmingham e outras regiões do Reino Unido que não foram divulgadas, suspeitos de ligação com o atentando terrorista em Westminster, em Londres, segundo a agência Efe. A Polícia Metropolitana de Londres (Met) também informou nesta quinta-feira (23) que o número de vítimas foi reduzido.
Três pessoas morreram em consequência do ataque de quarta (22), declarou o chefe da Unidade Antiterrorista da Polícia de Londres, Mark Rowley. O agressor, que ainda não foi identificado, também morreu, totalizando quatro mortos. As autoridades chegaram a informar que cinco pessoas tinham morrido após ser atropeladas ou atingidas por uma faca.
A polícia divulgou apenas a identidade do policial que foi morto após ser esfaqueado: Keith Palmer, de 48 anos. O jornal britânico "Daily Mail" informou que uma das vítimas é Aysha Frade, de 43 anos. Ela ia se encontrar com suas duas filhas quando foi atingida pelo carro do agressor e lançada em direção a um ônibus.
O jornal espanhol "La Voz de Galicia" disse que uma espanhola de 43 anos, professora que trabalhava em Londres e que também tinha nacionalidade britânica, também morreu no ataque, segundo a AFP.
Quarenta pessoas se machucaram no ataque - entre eles três policiais. Uma mulher, gravemente ferida, foi retirada do Rio Tâmisa. Na manhã desta quinta, 29 pessoas permaneciam hospitalizadas - sendo que sete delas estão em estado grave.
Sem novas ameaças
Em um pronunciamento na frente da sede da Scotland Yard, Mark Rowley declarou que até o momento não foram detectadas evidências que apontem para "novas ameaças terroristas". No entanto, o Reino Unido siga em alerta.
A polícia britânica disse que o ataque foi "inspirado pelo terrorismo internacional", mas que não comentaria sobre a identidade do suspeito. Segundo a agência France Presse, a polícia privilegia a pista do "terrorismo islâmico". Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado.
Parlamento retoma atividades
Nesta manhã, o Parlamento retomou suas atividades e fez um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
O perímetro ao redor do Parlamento permanece, no entanto, isolado e a estação de metrô de Westminster fechada ao público.
A ponte de Westminster, onde os investigadores continuam trabalhando, também está fechada ao público, segundo a France Presse.
O aumento da presença policial na cidade era visível e as manchetes de todos os jornais eram dominadas pelo atentado, chamado na maioria dos casos de "ataque à democracia".
Ataque
O ataque começou quando um carro que passava pela Ponte de Westminster, diante do Big Ben, atropelou um grupo de pessoas na calçada. O suspeito deixou o veículo preto e avançou em direção ao Parlamento, atingindo um policial com uma faca, que acabaria morrendo. Pouco depois, foram ouvidos disparos. O agressor foi baleado pela polícia e morreu também.
A polícia, que foi chamada por volta de 14h40 (11h40, no horário de Brasília), isolou o local e as atividades parlamentares foram suspensas. Pouco antes do ataque, a premiê britânica Theresa May tinha participado da sessão semanal de perguntas ao governo na Câmara dos Comuns. Depois do incidente, presidiu uma reunião do comitê de emergência Cobra, integrado pelos principais ministros do país.
Após a reunião, May fez um pronunciamento em que agradeceu a ação da polícia e dos serviços de emergência, e prestou solidariedade às famílias e aos amigos das vítimas. Também disse que a rotina da cidade voltará ao normal, e o Parlamento se reunirá como de costume.
A premiê disse que o risco de ataque na cidade, que desde agosto de 2014 é considerado "severo", será mantido.
"Nossos pensamentos e orações vão a todos que foram afetados - às próprias cítimas, e suas famílias e amigos que se despediram de seus entes queridos, mas não os receberão em casa. Para aqueles de nós que estávamos no Parlamento no momento deste ataque, esses eventos nos trazem uma lembrança particular da bravura excepcional dos nossos serviços de polícia e segurança, que arriscam suas vidas para nos manter seguros", afirmou. "Nós vamos andar adiante juntos. Nunca cedendo ao terror. E nunca permitindo que as vozes do ódio e do mal nos afastem", disse.
A primeira-ministra britânica vai liderar um gabinete de crise para administrar a situação.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse em um vídeo publicado em sua conta no Twitter que os moradores de Londres devem saber que haverá mais policiais armados e desarmados nas ruas da cidade nos próximos dias, mas pediu que não fiquem alarmados. “Nossa cidade permanece uma das mais seguras do mundo”, afirmou. “Os londrinos nunca serão intimidados pelo terrorismo”, completou.
Testemunhas
O editor de política da agência Press Association, Andrew Woodcock, conseguiu ver a cena da janela do seu escritório. Ele disse que ouviu gritos e, quando olhou para fora, viu um grupo de mais de 40 pessoas correndo. "Eles pareciam estar fugindo de alguma coisa”, afirmou.
"Quando o grupo chegou ao Carriage Gates, onde os policiais estavam na entrada de segurança, um homem saiu correndo da multidão e entrou no pátio. Ele parecia estar segurando uma faca de cozinha. Eu ouvi o que soou como tiros”, declarou.
Depois disso, Woodcock disse ter visto duas pessoas deitadas no chão e outras correndo para ajudá-las.
O Departamento de Estado norte-americano informou que está monitorando o incidente. O presidente Donald Trump telefonou para Theresa May e ofereceu cooperação total dos EUA em resposta ao ataque, informou a Casa Branca em um comunicado.
O Parlamento escocês vai reforçar a segurança embora não tenha recebido nenhum tipo de ameaça específica. O debate sobre a realização de um segundo referendo sobre a emancipação da Escócia do Reino Unido foi adiado após o atentado.
Alerta
O incidente ocorreu no primeiro aniversário dos ataques em Bruxelas, na Bélgica. O Reino Unido está em seu segundo maior nível de alerta, o que significa que um ataque de militantes é considerado altamente provável, segundo a Reuters.
Em maio de 2013, dois britânicos islâmicos esfaquearam e mataram o soldado Lee Rigby em uma rua no sudeste de Londres. Em julho de 2005, quatro britânicos islâmicos mataram 52 pessoas e a si próprios em um ataque suicida ao sistema de transporte da capital britânica no que foi o pior ataque de Londres em tempos de paz.
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