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Aeroviário Miguel Teodovich ligado a acidente da Chapecoense é detido na Bolívia

Ele era chefe da funcionária que alertou para problemas em plano de voo.

Por Enfoco Notícias 21/01/2017 09h58
Aeroviário Miguel Teodovich ligado a acidente da Chapecoense é detido na Bolívia
Reprodução - Foto: Assessoria

A Promotoria da Bolívia deteve nesta sexta-feira (20) um funcionário da estatal aeroportuária Aasana por ignorar as falhas do plano de voo do avião da LaMia que caiu na Colômbia com a equipe da Chapecoense.

"O Ministério Público ordenou a detenção de Miguel Teodovich Ponce por "ignorar as determinações do manual de funções da Direção Geral da Aeronáutica Civil", assinalou a Procuradoria-Geral em comunicado enviado à AFP.

"Como Supervisor de Trânsito Aéreo da Administração de Aeroportos e Serviços da Navegação Aérea (Aasana), Teodovich ignorou tudo referente ao plano de voo internacional de transporte de passageiros".

Teodovich era o chefe da funcionária da Aasana Celia Castedo, que fez observações sobre o plano de voo do avião da LaMia.

FUGA AO BRASIL

Castedo fugiu para o Brasil no início de dezembro, argumentando que seus superiores a pressionaram a mudar o relatório que elaborou após o acidente, no qual informava suas objeções ao voo, o que a tripulação ignorou.

Uma investigação das autoridades aeronáuticas colombianas estabeleceu que o avião tinha combustível limitado para fazer o trajeto entre a cidade boliviana de Santa Cruz e o aeroporto José María Córdova, nos arredores de Medellín.

O governo boliviano estabeleceu que a responsabilidade do acidente foi da empresa LaMia e do piloto Miguel Quiroga, que executou o voo sem observar as normas de segurança, e de uma dúzia de funcionários da Aasana e da estatal Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC).

Segundo a promotoria, já foram detidos Gustavo Vargas Gamboa, gerente-geral da LaMia, e seu filho Gustavo Vargas Villegas, que se encarregava dos registros aeronáuticos junto à DGAC.

No dia 29 de novembro, o avião BA-146 modelo RJ85 de LaMia caiu nos arredores de Medellín, por pane seca, matando 71 das 77 pessoas a bordo, incluindo 19 jogadores da Chapecoense.