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Atirador de aeroporto na Flórida parece ter escolhido local de ataque

Segundo as autoridades, o primeiro policial chegou até o atirador entre 70 e 80 segundos depois do início do tiroteio

Por Reuters / G1 07/01/2017 15h37
Atirador de aeroporto na Flórida parece ter escolhido local de ataque
Reprodução - Foto: Assessoria

Esteban Santiago, o veterano de guerra americano de 26 anos que foi o autor do tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale nesta sexta-feira (6), aparentemente fez a viagem de avião até a Flórida com o objetivo de cometer o atentado. Ele escolheu a cidade da Flórida, nos Estados Unidos, como palco do ataque. Em entrevista neste sábado (7), George Piro, agente especial do FBI encarregado do escritório de Miami, afirmou que o atirador cooperou com as investigações em um interrogatório que durou "várias horas" durante a madrugada.

"As indicações são de que ele veio até aqui para cometer esse ataque horrível", afirmou Piro aos jornalistas no aeroporto, onde ocorreu a entrevista.

Scott Israel, xerife do condado de Broward, afirmou neste sábado que o autor de atentado na Flórida atirou por 70 ou 80 segundos até que o primeiro policial o alcançasse, e não houve sinais de conflitos durante o voo de Santiago, ou na esteira de retirada de bagagens, antes que o atirador decidisse abrir fogo contra as pessoas que estavam no local.

De acordo com a Reuters, as denúncias de crimes federais contra Santiago devem ser anunciadas ainda neste sábado.

Cinco mortos e oito feridos

O agressor é veterano da guerrra no Iraque e utilizou uma pistola semiautomática 9mm para abrir fogo indiscriminadamente contra pessoas que esperavam pelas malas no terminal 2 do aeroporto.

Esteban chegou a Fort Lauderdale em um voo vindo do Alasca, segundo as autoridadades, e pegou a arma de sua própria bagagem.

Testemunhas afirmaram que o atirador vestia uma camiseta do filme "Guerra nas Estrelas" e que não falou nada enquanto atirava. Quando acabou sua munição, ele se entregou aos policiais.

Além dos 5 mortos e 8 feridos pelos tiros, mais de 30 pessoas foram levadas a hospitais locais com contusões ou ossos quebrados devido ao caos causado pelo atirador, segundo a agência de notícias Reuters.

Problemas mentais

Piro confirmou que Esteban foi a um escritório do FBI em Anchorage (Alasca) em novembro, agindo erraticamente, e foi entregue à polícia local - que o levou a um centro médico para avaliação mental.

Um oficial afirmou à Reuters que ele disse a agentes no escritório de Anchorage que sua mente estava sendo controlada por uma agência de inteligência dos EUA, que ordenava que ele assistisse a vídeos do Estado islâmico.

Esteban serviu de 2007 a 2016 na Guarda Nacional de Porto Rico e na Guarda Nacional do Alasca, incluindo um destacamento para o Iraque de 2010 a 2011, segundo o Pentágono.

Engenheiro privado de primeira classe e combate, ele recebeu meia dúzia de medalhas antes de ser transferido para a reserva inativa em agosto. Uma porta-voz militar disse à agência de notícias Associated Press (AP) que Esteban foi desligado da Guarda Nacional do Alasca por performance insatisfatória.

Bryan Santiago, irmão do atirador, afirmou também à AP que Esteban já recebeu tratamento psicológico no Alasca, onde morava. Bryan disse que, embora tenha nascido em Nova Jérsei, o irmão cresceu em Porto Rico, para onde foi aos dois anos.