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Justiça impede libertação de jovem mostrado na série "Making a Murderer"
Procuradoria recorreu da decisão de juiz que pediu soltura do jovem preso
Uma corte de apelações dos Estados Unidos impediu nesta quinta-feira (17) a libertação de Brendan Dassey, enquanto aguarda o resultado de um recurso à sentença de seu julgamento por homicídio. O caso foi retratado na série documental "Making a Murderer", da Netflix.
"Há alguns instantes, a corte federal de apelações do sétimo distrito aprovou a solicitação do estado do Wisconsin de suspender a decisão do juiz William Duffin de libertar Brendan Dassey", informou o procurador-geral do estado, Brad Schimel, em um comunicado. "Dassey permanecerá na prisão à espera do resultado da apelação", acrescentou.
Duffin, juiz do Wisconsin, tinha ordenado na segunda-feira (14) a libertação o jovem de 27 anos, enquanto a procuradoria apelava da sentença de agosto passado, que reverteu a condenação por homicídio. Schimel havia anunciado que interporia um recurso para impedir a libertação do acusado.
Dassey e seu tio Steven Avery, de 54 anos, foram condenados à prisão perpétua após terem sido acusados do assassinato da fotógrafa Teresa Halbach, 25, em 2005.
"Making a Murderer", lançada em dezembro passado, retrata a investigação frustrada - e, para alguns, simulada - sobre o caso, assim como vários elementos que levam a crer que Dassey e Avery foram presos injustamente.
Defesa desastrosa
A decisão de Duffin tinha destacado principalmente a defesa desastrosa que Dassey teve em 2006 (quando tinha 16 anos), a cargo do advogado Leonard Kachinsky, que teve uma conduta "indefensável", segundo o juiz.
Depois do lançamento da série no Netflix, multiplicaram-se os pedidos para liberar o jovem e seu tio, a ponto de a Casa Branca receber uma petição com mais de 130 mil assinaturas pedindo o perdão presidencial.
A Casa Branca respondeu que os dois acusados não foram condenados em um processo federal, mas pelo sistema judiciário do Wisconsin, razão pela qual o presidente não poderia lhes conceder a anistia.
Em um primeiro caso, Steven Avery já tinha passado 18 anos preso, acusado de uma violenta agressão sexual que não cometeu. Após exames de DNA, ele foi declarado inocente e libertado em 2003.
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