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Papa canoniza primeiro santo argentino neste domingo
No próximo domingo (16), o papa Francisco vai canonizar o primeiro santo nascido e morto na Argentina. José Gabriel del Rosario Brochero, mais conhecido como Cura Brochero pelos argentinos, será um dos sete beatos que virarão santos em celebração na Praça São Pedro. As informações são da Agência Ansa.
Nascido em Santa Rosa de Río Primero, na província de Córdoba, em 1840, Cura Brochero tornou-se presbítero com apenas 16 anos, em 1866. Ficou muito conhecido entre os argentinos por levar e ensinar o Evangelho para os moradores distantes do centro da província, tendo relatos de que ele chegava a andar até 200 quilômetros para ensinar.
Por causa de suas longas caminhadas durante 50 anos, ajudou a fundar e a desenvolver cidades na região serrana, já que levava mantimentos e ajudava enfermos pelo caminho. Além disso, é atribuída a ele a expansão da linha ferroviária que atravessa o Valle de Traslasierra, que une as cidades de Villa Dolores e Soto. Nos últimos anos de vida, ele voltou a viver com suas irmãs em seu povoado natal e morreu em janeiro de 1914 vítima de hanseníase e cego.
Milagre
Foi declarado beato em setembro de 2013, após a confirmação de um milagre com um bebê de 11 meses. Nicolás Flores sofreu um acidente de carro com a família, perdendo metade da massa cerebral, além de lesões múltiplas. Assim que foi resgatado pelos socorristas, sofreu três paradas cardíacas.
Sua mãe, devota de Cura Brochero, rezou pelo sacerdote fazer a intercessão e salvar seu filho, o que ocorreu pouco tempo depois.
O segundo caso também envolve uma criança. Camilla Brusotti foi vítima de espancamento pela mãe e pelo padrasto e sofreu um derrame. Após o trabalho de sete médicos, ela se recuperou em um feito considerado um milagre por Roma.
Além de Brochero, serão canonizados o francês Salomon Leclercq (1745-1792), o mexicano José Luís Sánchez del Río (1913-1928), o espanhol Manuel González García (1877-1940), o italiano Ludovico Pavoni (1784-1849), o italiano Alfonso Maria Fusco (1839-1910) e a francesa Elisabeth Catez Rolland, conhecida em português com Isabel da Trindade, (1880-1906).
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