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Paulo Jacinto celebra 14ª Edição da Festa de São Jorge

Evento religioso inicia nesta sexta-feira (25) e segue até o domingo (27) no Residencial Santa Inês

Por Tribuna Hoje com Agência Brasil 25/04/2025 12h28
Paulo Jacinto celebra 14ª Edição da Festa de São Jorge
Paulo Jacinto, Alagoas - Foto: Edilson Omena

O Dia de São Jorge, foi comemorado na última quarta-feira (23), marcado por homenagens e festa em diversos pontos do Brasil. Em Paulo Jacinto, na Zona da Mata Alagoana, o produtor cultural Joel Filho, juntamente com a equipe do Centro Sociocultural São Jorge, realiza a 14ª Edição da Festa de São Jorge.

O evento religioso começa nesta sexta-feira (25) e segue até o domingo (27) com uma vasta programação. Na cidade alagoana, a festa tem o apoio dos comerciantes locais, Prefeitura e Secretaria de Cultura e sociedade civil. O evento acontece no Residencial Santa Inês, na quadra H01, na Praça Central.

Na programação haverá bingos e momentos de oração. Para o evento ser ainda melhor, Joel Filho solicita apoio. Ele disponibilizou a chave Pix para quem quiser colaborar.

NOME: JOEL DA SILVA FILHO
TIPO DA CHAVE: CPF
CHAVE PIX: 080.576.434-80
BANCO: MERCADO PAGO

Evento religioso começa nesta sexta-feira (25) (Foto: Divulgação)



A data do Santo Guerreiro ganhou um simbolismo ainda mais forte neste ano em razão da morte do papa Francisco, ocorrida na última segunda-feira. O pontífice, cujo nome de batismo era Jorge Mario Bergoglio, costumava celebrar o dia com ações de solidariedade e, em 2016, instituiu o 23 de abril como feriado no Vaticano.

No Rio de Janeiro, o Santo Padre foi lembrado durante a tradicional alvorada na Matriz de São Jorge, em Quintino, na Zona Norte, evento conhecido pelo forte sincretismo religioso. Durante a missa, um telão exibiu imagens da visita de Francisco à cidade, em 2013.

HISTÓRIA

Na crença católica, São Jorge é considerado padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Ou, de forma mais popular, como o santo guerreiro. Para os devotos, simboliza um guia contra as dificuldades da existência humana, aquele que ajuda na luta contra o mal, ou contra os diferentes problemas do plano terreno e sobrenatural.

Essa ideia é explicitada no site do Vaticano, em verbete que se refere ao santo.

“Como acontece com outros santos, envolvidos por lendas, poder-se-ia concluir que também a função histórica de São Jorge é recordar ao mundo uma única ideia fundamental: que o bem, com o passar do tempo, vence sempre o mal. A luta contra o mal é uma dimensão sempre presente na história humana, mas esta batalha não se vence sozinhos: São Jorge matou o dragão porque Deus agiu por meio dele”, diz o texto.

Apesar da força no catolicismo, há outras vertentes do cristianismo que o consideram santo, como a Igreja Anglicana e a Igreja Ortodoxa. Também para alguns seguidores de religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, há um comportamento de respeito.

O perfil de guerreiro, daquele que supera todas as dificuldades, é uma das explicações para a popularidade de Jorge, segundo o escritor, professor e historiador Luiz Antônio Simas. No ano passado, ele publicou o livro infantil O cavaleiro da lua: Cordel para São Jorge.

“São Jorge pertence ao rol do que eu chamo de santos do cotidiano. Aqueles dos milagres diários. Existem santos que você não evoca para os perrengues do dia a dia. Existe uma categoria que é invocada para resolver problemas imediatos. Como Santo Expedito, das causas urgentes. São Jorge é um santo da rua”, diz Simas.

ORIGENS DA FÉ

A historiografia não identifica um conjunto de documentos que ateste, de forma inconteste, a existência de São Jorge. Muito do que é conhecido hoje se deu através da tradição oral e literária. O próprio Vaticano explica, em seu site oficial, que surgiram várias histórias fantasiosas ao longo do tempo em torno de São Jorge.

Segundo a versão mais conhecida, Jorge, nome de origem grega que significa “agricultor”, nasceu na Capadócia, atual Turquia, por volta do ano 280, em uma família cristã. Mudou-se para a Palestina e se alistou no exército de Diocleciano, imperador romano. Em 303, o imperador iniciou uma perseguição aos cristãos, e Jorge teria se colocado de forma contundente contra o imperador, o que o levou a sofrer torturas e a ser decapitado.