Relatório publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mostra o município de Craíbas, no Agreste de Alagoas, em terceiro lugar no Brasil no quesito violação de direitos das pessoas em terras de mineração.

O município alagoano só perde para Barcarena e Canaã dos Carajás no estado do Pará.

Em Craíbas, a Mineração Vale Verde (MVV), de capital inglês, explora uma mina de cobre e ferro a céu aberto.

De acordo com o relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 29 ocorrências já foram registradas no entorno da mina, mais precisamente nos povoados Lagoa do Mel, Serrote, Torrões, Umbuzeiro, entre outras localidades.

As famílias desses povoados reclamam de rachaduras nas casas, explosões, tremores de terra, muita poeira no ar e a morte de animais.

O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) em Alagoas chegaram a ouvir os moradores e acionaram a Mineração Vale Verde para equipar a Defesa Civil Municipal e contratar uma universidade para realizar estudos independentes acerca da atividade em Craíbas.

Os técnicos da mineradora afirmam que estudos de impacto ambiental e de vibração sonora são realizados semestralmente e que as explosões controladas são incapazes de provocar movimentações de terra ou danos nas comunidades do entorno da empresa.

Moradores de Craíbas, no Agreste de Alagoas, ficaram assustados, após um deslizamento de terra na Mineração Vale Verde.

A população que reside próximo à mineradora vem denunciando a ocorrência de explosões, tremores de terra, pequeno deslizamento ao entorno da boca da mina e rachaduras em residências.