Interior
Craíbas: detonações causam tremores
Fenômenos foram detectados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte na terça (3)
Mais dois tremores de terra foram registrados no Agreste de Alagoas. Os abalos tiveram magnitude 1.6, na cidade de Craíbas, e 1.7 na Escala Richter, na cidade de Arapiraca, na terça-feira (3).
Os fenômenos foram detectados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN).
De acordo com os equipamentos, os abalos ocorreram às 15 horas e 15h25, ou seja, em um intervalo de apenas 25 minutos nas duas cidades do Agreste.
Os moradores de Craíbas, especificamente, atribuem os abalos aos desmontes programados pela Mineração Vale Verde (MVV), que realiza há mais de dois anos a retirada de minérios de cobre e ferro no Serrote da Laje na área rural do município.
O LabSis classificou os tremores como resultado de detonações ocorridas entre as duas cidades alagoanas, que estão localizadas a 15 km de distância uma da outra.
O mais recente tremor de terra, provocado por detonação, ocorreu às 15 horas do último dia 23 de agosto, na área rural de Arapiraca, e teve magnitude 1.6 na Escala Richter.
Recentemente, a Mineração Vale Verde (MVV) reafirma que o processo de desmonte é rigorosamente monitorado por sismógrafos e acompanhado por uma equipe multidisciplinar, cumprindo os padrões de segurança, em rotina de monitoramento ambiental contínuo.
A MVV reforçou, ainda, que segue todos os parâmetros estabelecidos pela lei vigente e reitera que mantém as melhores práticas de ESG.
O Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra no Agreste, em Alagoas e em toda a Região Nordeste do Brasil.
Os moradores de comunidades rurais ao lado de uma área de mineração de cobre em Craíbas, já convivem com tremores de terra e rachaduras, que se espalham e atingem paredes e chão de imóveis. Especialistas ainda buscam explicação, mas ainda não conseguiram chegar a um veredicto.
O SGB (Serviço Geológico Brasileiro) realizou um estudo, por ordem da Justiça Federal, após pedido da DPU (Defensoria Pública da União).
O órgão federal visitou 95 imóveis e a região no entorno da área onde a mineradora faz exploração de cobre desde 2021. Ela é apontada por moradores como causadora do problema.
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