Interior
Período de chuvas afeta mananciais e operação de sistemas de tratamento de água
O período chuvas em Alagoas já começou e deve seguir até o mês de agosto. Durante esse intervalo, são comuns as paralisações temporárias dos sistemas de tratamento de água, principalmente em cidades da Zona da Mata.
Segundo a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), que opera a maioria dos sistemas de tratamento de água nessa região, as paralisações acontecem quando, em razão das chuvas, os mananciais da natureza – rios, açudes, barragens – recebem muito material sólido, como lama, folhas e outros sedimentos.
Como consequência, a água bruta, ou seja, aquela presente no manancial e que ainda não passou por nenhum processo de tratamento, fica com o nível de turbidez elevado, isto é, com coloração amarelada ou alaranjada devido aos sedimentos trazidos pela chuva.
Ao constatar essa situação, a Casal, por meio de parâmetros técnicos, avalia se a água pode ou não ser tratada, uma vez que os sistemas de tratamento utilizados no Brasil só conseguem operar com água até um determinado índice de turbidez. Quando esse índice está muito elevado, as portarias que regulamentam o setor recomendam a interrupção do processo até que a turbidez diminua naturalmente. Esse processo pode levar horas ou dias, a depender da intensidade e da continuidade ou não das chuvas no entorno do manancial.
É por isso que, nas cidades da Zona da Mata, que são abastecidas por água retirada de barragens, nascentes ou pequenos rios, são comuns as paralisações temporárias nesse período de chuvas até que a água recupere suas qualidades adequadas para passar pelo processo de transformação nas Estações de Tratamento (ETAs) operadas pela Companhia.
“A Casal segue todas as recomendações técnicas que regulamentam o setor de saneamento e se preocupa em repassar às concessionárias privadas que fazem a distribuição aos moradores apenas água de qualidade, potável e pronta para o consumo. Nosso compromisso é com o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. Por isso, se a água está temporariamente numa condição que não pode passar pelo tratamento, seguimos as recomendações dos órgãos fiscalizadores e suspendemos o processo. Mas ficamos atentos diuturnamente para que, tão logo seja possível, retomarmos a captação, o tratamento e o posterior repasse à concessionária parceira que faz a entrega aos moradores. Temos expertise e conhecimento técnico adequado para gerir os sistemas de tratamento e manter a qualidade e a segurança do nosso serviço”, enfatizou a vice-presidente Operacional da Casal, Laura Petri.
A Companhia salienta que, em caso de falta de água, os moradores devem acionar a concessionária privada que faz a distribuição na cidade, uma vez que as equipes das duas empresas estão em constante comunicação. Os informes de paralisação também são publicados pela Casal em http://www.casal.al.gov.br.
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