Interior

São Miguel dos Milagres tem água de má qualidade

Por Claudio Bulgarelli - Sucursal Região Norte 21/02/2024 10h17
São Miguel dos Milagres tem água de má qualidade
Água fornecida aos consumidores é amarelada e possui mau cheiro - Foto: Reprodução

São Miguel dos Milagres, no coração da Rota Ecológica, já foi eleito como um dos locais mais paradisíacos de Alagoas, sobretudo, pelas belas praias e piscinas naturais. Mas ultimamente vem sofrendo pela falta do recolhimento do lixo pela prefeitura, que foi denunciada várias vezes durante a alta temporada por turistas no TripAdvisor, e novamente, pela péssima qualidade da água distribuída pela Verde Alagoas aos moradores. É que passados mais de dois anos, desde quando a empresa assumiu o antigo SAE, com a responsabilidade do processo de captação, tratamento e distribuição, além da cobrança, que por sinal atingiu valores absurdos, a qualidade da água do município continua de péssima qualidade.

Na manhã desta terça-feira (20), depois de sofrerem durante o carnaval, a empresária e chef de cozinha Romilda Valter, proprietária do Restaurantes Favoritu’s, em Porto da Rua, denunciou que a água continua saindo das torneiras com a cor amarelada e barrenta, além de mau-cheiro. Mesma situação encontrada na pousada Praia Bonita, empresário Eduardo Corrêa igualmente reclama da qualidade da água.

Desabafo
Nem dá para lavar roupa, reclama chef de cozinha

A chef Romilda afirma que não se consegue mais fazer uso da água para serviços de lavar roupa, e sobretudo, cozinhar. “Não posso fazer arroz com essa água. Não posso cozinhar nada para os clientes, 90 por cento de turistas, com essa água. Todos os dias dependo de água mineral para cozinhar e lavar”.

Desta forma, a cor suja da água, semelhante a barro, tem incomodado moradores, comerciantes e hoteleiros. Ano passado eles chegaram a acionar a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal) para que alguma providência fosse tomada contra a Verde Alagoas. Mas até o momento a empresa responsável pelo abastecimento não normalizou a situação.

O empresário Eduardo, que um ano atrás recebeu a equipe do Sistema Tribuna de Comunicação, para fazer as primeiras denúncias, afirma que nada aconteceu. “A gente tem que fazer um tratamento, além de pagar uma água cara. Porque triplicaram os valores. E a gente é obrigado a ter vários filtros dentro do estabelecimento para poder minimizar o problema dessa água para, pelo menos, tomar banho. Fica muito caro, porque são filtros recomendados pelo fabricante para trocar o elemento filtrante a cada três meses. Nós estamos trocando a cada 30 a 60 dias, porque ele entope devido à qualidade da água”, afirma Eduardo.