Interior
Violência e vandalismo no Francês
Donos de barcos acumulam prejuízos, denunciam insegurança e pedem providências à Prefeitura de Marechal Deodoro
Os casos de vandalismo e violência estão acontecendo cada vez mais, apavorando os empresários do turismo da Praia do Francês, em Marechal Deodoro, considerado um dos principais cartões postais de Alagoas.
No último final de semana, o atleta do surf e produtor cultural Thiago Loureiro, que atua como empresário do turismo no Litoral Sul de Alagoas, teve seu barco vandalizado, na Praia do Francês.
Ele fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia de Marechal Deodoro e espera agora que os culpados sejam identificados e presos, para que paguem pelo crime que cometeram.
Além de ficar sem o seu instrumento de trabalho, já que usava o barco para promover passeios turísticos na enseada do Francês, Thiago acumula um prejuízo superior a R$ 40 mil, com os estragos que teve na sua embarcação.
Por isso, ele deu início a uma “vaquinha virtual”, nas redes sociais, para arrecadar algum dinheiro e cobrir os prejuízos.
“Quem puder ajudar, por favor, entre em contato comigo, pelas mídias sociais e anote o número do meu Pix. Qualquer ajuda é bem-vinda”, apelou Thiago, que em 2023 foi destaque no Campeonato Brasileiro de Bodyboard, representando Alagoas, na categoria máster.
Segundo ele, o caso está sendo investigado como dano material (vandalismo ou atentado), pela Delegacia da Polícia Civil de Marechal Deodoro, onde foi registrado o Boletim de Ocorrência (BO).
De acordo com a delegada Liana Franca, depois de receber as imagens do barco vandalizado e colher o depoimento da vítima, a polícia vai ouvir outras testemunhas para tentar chegar até o suspeito do crime.
CRAZY BOAT
Nas imagens encaminhadas à polícia, o barco do Thiago, usado para rebocar uma boia de estilo “crazy boat” ou “banana boat”, aparece todo quebrado, danificado, vandalizado, na manhã do último domingo (10/12).
“Pelas imagens que fizemos, no dia da ocorrência, fica claro que a intensão do criminoso era acabar com tudo, quebrou as cadeiras, cortou as cordas, rasgou a boia e ia tocar fogo do barco, para provocar um incêndio, porque havia uma garrafa de álcool, com papel, isqueiro e fósforo no piso do barco”, relatou Thiago Loureiro, acrescentado que seu maior prejuízo foi a destruição do motor Yamaha de 25HP.
Violência no Francês
Segundo alguns empresários, ouvidos pela reportagem da Tribuna, o que aconteceu com o barco do campeão alagoano de Bodyboard não é um caso isolado.
Thiago Loureiro, que durante muitos anos foi professor voluntário da escolinha de surf do Pontal da Barra, disse que se juntou a outros donos de barcos e empresários para reivindicar da Prefeitura de Marechal Deodoro medidas de combate à violência e ao vandalismo, na orla do Francês.
O clima de insegurança é grande, principalmente entre os empresários que exploram o turismo no Francês. Além da falta de segurança, o local onde ficam os barcos é mal iluminado e não tem câmeras de filmagem, para registrar os casos de vandalismo como esse do qual foi vítima empresário Thiago Loureiro.
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