A ideia de promover o encontro dos descendentes do casal Luiz Novo e Francisca surgiu inicialmente de um dos nove filhos, Arnóbio Silva - já falecido, e transformou-se em realidade através da iniciativa de uma comissão organizadora composta por netos do casal, que tem como grande entusiasta o Monsenhor José Augusto Silva, Vigário-geral da Arquidiocese de Maceió,.

A grande confraternização, que acontecerá no sítio Maruim, Litoral Sul do Estado de Alagoas, vai reunir mais de 500 descendentes, entre netos, bisnetos, trinetos e tetranetos, e terá um momento especial reservado em sua programação, quando o Monsenhor José Augusto falará sobre a importância do resgate da convivência entre familiares. “Somos muitos e tão diversos, mas temos um chão em comum. Embora pertençamos biologicamente a uma mesma família, não é tão somente o laço consanguíneo que nos une. Há uma história - para muitos, vivida, e para tantos outros, ouvida, e tantas vezes repetida. Sim, há um laço mais forte que nos une. O tecido comum das lutas, desafios, conquistas e esperanças faz parte das nossas identidades”.

O Monsenhor acentua, “e para uma parte dos que hoje somos, os mais vividos, experimentam-se saudades. E como nos entenderemos, sem acolhermos tal caminho? E como as novas gerações poderão visitar suas raízes de forma saudável e agregar valores conquistados e que são de todos nós? Precisamos uns dos outros, para a mais ousada e bela tarefa do ser humano: compreender-se, harmonizar-se, amadurecer, Ser Feliz! Assim, propomos mais um grande Encontro da Família de Luiz Novo e Francisca”, enfatizou Monsenhor José Augusto.

4ª edição

“Nessa quarta edição do nosso GRANDE ENCONTRO que reúne os descendentes de Luiz Novo e Francisca, gostaria de homenagear, em especial, o tio Arnóbio. O caçula dos nove filhos do casal-tronco foi o grande idealizador desses momentos que nos proporcionam tanta alegria, aconchego, felizes lembranças e muitos abraços em quem muito amamos”, ressaltou Irene Silva Alves dos Santos, neta de Luiz Novo e filha de Domício.

A arte desenvolvida para compor as camisas e o material de divulgação do grande evento ficou sob a responsabilidade de Fabiana (filha de Ronaldo e bisneta de Luiz Novo e Francisca). Entre cactos e um slogan sugestivo, Fabiana criou uma união perfeita entre o ambiente e o elo que mantém os descendentes de Luiz Novo e Francisca mais unidos e presentes uns nas vidas dos outros.

De origem sertaneja, e sob o tema “O calor do sertão aquece o coração dessa GRANDE FAMÍLIA!”, os descendentes desfrutarão de um momento único e singular na vida de cada um, perpetuando os laços sanguíneos e as emoções que irão florescer, permitindo que a união, um sentimento que se propõe como coletivo, permeie no coração de todos.

A neta Sônia dos Anjos, dentista, uma das principais responsáveis pela realização e organização do evento, assinala que a programação contará com diversas atividades para movimentar os familiares de seus avós maternos. Já para a arquiteta e engenheira civil, Vilma dos Anjos, irmã de Sônia, que também integra a comissão organizadora, externa sua satisfação com a realização dessa 4ª edição e não poupa elogios ao modo como tudo vem ocorrendo, principalmente pelo envolvimento e entusiasmo de todos. “Tenho absoluta certeza de que um momento de comunhão e celebração como este ficará marcado na vida de todos”.

Quem eram

Ronaldo Silva, engenheiro civil e neto do casal, atribuiu ao seu avô materno o título de “um sertanejo iluminado! “Assim era LUIZ JOSÉ GREGÓRIO, o nosso saudoso LUIZ NOVO. Um homem além de seu tempo. Entre Santana do Ipanema e Olho D’Água das Flores, num sacrossanto pedaço de chão denominado Serrote Baixo, ele nasceu, viveu e criou toda sua família. Casado com Francisca Maria dos Prazeres, conhecida por todos como Dona Chiquinha, de prendas domésticas, mulher simples, de hábitos modestos e coração grande”.

Do casamento, nasceram: Ulisses, Odilon, Domício, José Gregório, Maria Augusta, Isaura, Ismênia, Arnóbio e Beatriz.

“Luiz Novo, cidadão participante e comprometido com sua comunidade, associava a sua lida agrícola e pecuária, ou seja, o cultivo da lavoura e o manejo do gado, à função de Inspetor Escolar, o que o levava a percorrer a região montado em seu cavalo “alazão”, para interrogar alunos e professores das escolinhas municipais, a maioria, em salas improvisadas, nas fazendas da vizinhança. As histórias em torno desse sertanejo destemido e original comporiam um grande livro e poderiam constituir-se em um projeto a ser realizado por seus descendentes, com a ajuda de todos aqueles que detêm um pouco da memória viva e guardam as lembranças de suas atitudes, seus valores, sua história”, finalizou o neto Ronaldo Silva.