Interior
Moradores protocolam denúncia no IMA e no MPF contra prefeito de São Miguel dos Milagres
Com o aterro ilegal, qualquer chuva mais forte faz córrego transbordar e invadir casas
Já faz alguns anos que moradores que vivem ao lado do Ginásio de Esportes do Toque, e bem ao lado do córrego da Fonte Grande, em São Miguel dos Milagres, convivem com os frequentes alagamentos no período das chuvas invernais e perda de bens materiais. Mas ultimamente, com qualquer chuva mais forte, como a que ocorreu nas últimas duas semanas, o córrego transborda e invade a maioria das casas, causando enormes prejuízos.
A situação seria considerada normal, não fosse a denúncia que os moradores que vivem próximo ao córrego protocolaram junto ao Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e no Ministério Público Federal contra o prefeito Jadson Lessa. Eles acusam o gestor de ter aterrado um trecho do rio que passa por uma propriedade particular, de sua propriedade, o que agravou as inundações e alagamentos nas ruas próximas ao sítio. Segundo a denúncia, famílias ficaram desalojadas e estão ocupando o ginásio de esportes da cidade após serem forçadas a sair de suas casas.
Uma das moradores, Fátima Leão, relatou na denúncia, que o prefeito aterrou o rio para aumentar um sítio do qual é dono. Segundo ela "Ele aterrou para aumentar o tamanho do seu sítio e não se importou com a população", reclama. No início de semana, ela, acompanhada de advogado, protocolou uma denúncia junto ao Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e ao Ministério Público Federal (MPF) sobre o fato.
''No dia 19 de agosto de 2023, em São Miguel dos Milagres, mais especificamente na avenida principal, ao lado do ginásio de esporte, passou a acontecer colapsos ambientais constantes, devido a um procedimento de aterro, realizado no sítio Fonte Grande, que provavelmente foi realizado sem o amparo dos órgãos de controle ambiental, na propriedade do Sr. Jadson Lessa dos Santos, residente e domiciliado da rua Felisberto de Ataíde, S.N, Povoado do Toque'', escreveu Leão, em trecho da denúncia.
Moradores tiveram que sair de suas casas por conta do aumento do nível da água. Muitos deles, inclusive, perderam seus pertences como televisão, celular, sofá, colchão, dentre outros, e tiveram que ir para o ginásio de esportes, que fica bem ao lado. De acordo com Fátima, cerca de 9 famílias estão desalojadas. Em vídeos publicados nas redes sociais é possível ver o drama dos moradores com situação. Tudo foi filmado e imagens de drone mostram o que o aterro causou e vem causando aos moradores da localidade.
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