Interior

Radicalização de movimento grevista prejudica alunos e professores

Trabalhadores da Educação de Arapiraca decidiram continuar em greve

Por Redação 24/06/2017 18h52
Radicalização de movimento grevista prejudica alunos e professores
Reprodução - Foto: Assessoria

As tentativas de acordo entre Prefeitura, Câmara de Vereadores e o próprio sindicato da categoria estão esbarrando na radicalização do movimento grevista dos trabalhadores da Educação de Arapiraca. Depois de várias reuniões para definir um reajuste de 2,33% referente aos salários de junho, mas com pagamento a partir de setembro. O efeito retroativo do percentual atingiria servidores ativos e aposentados, e seria encaminhado via Projeto de Lei do Executivo, a ser votado pela Câmara.

Os trabalhadores da Educação, no entanto, decidiram em assembleia na manhã de quinta-feira (22), continuar em greve, prejudicando alunos, pais e professores que desejam trabalhar, já que o município promete cortar os dias parados nos salários a partir deste mês. O movimento não concorda com a proposta apresentada e usam argumentos que ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), principalmente em relação ao reajuste dos aposentados, que não podem ser pagos com recursos federais do Fundeb.

Caso o município concedesse o que está sendo reivindicado, Arapiraca entraria em colapso financeiro, já que perderia todos os investimentos captados junto aos entes federais, com apoio da bancada de Alagoas no Congresso, totalizando R$ 178,421.355,53.

O montante será utilizado em obras como saneamento básico; revitalização do centro da cidade; ampliação do estádio do ASA; pavimentação e drenagem urbana; urbanização das comunidades Mangabeiras e Manoel Teles; reforma do Mercado Público; ampliação da infraestrutura da orla do Lago Perucaba; construção do Centro de Convenções, dentre outras.

Além da proposta de 2,33% de reajuste, a prefeitura já realizou o Censo do Servidor Municipal, que vai valorizar o funcionário efetivo; iniciou o processo de reordenação da rede, com apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV); atua junto à Justiça Federal em Pernambuco para tramitação final dos precatórios que vão beneficiar diretamente os trabalhadores da Educação; iniciou o processo de revitalização de escolas e creches e se comprometeu a, havendo sobra do Fundeb/2017, realizar o rateio entre os servidores.