Interior
Unidos, professores de Arapiraca rejeitam proposta de Teófilo
Categoria decide manter paralisação das atividades
Pela terceira vez, a negociação entre a Prefeitura de Arapiraca e os trabalhadores da Educação fica na estaca zero e a greve continua nas escolas da rede municipal de ensino.
Em assembleia ocorrida na manhã desta quarta-feira (7), na Escola Hugo Lima, no centro da cidade, a categoria decidiu, em consenso, manter as aulas paralisadas, até que a gestão aplique o reajuste de 7,64% nos salários dos educadores.
Atendendo a uma convocação do Núcleo Regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), mais de 300 trabalhadores participaram da assembleia da categoria.
O sindicato decidiu reunir mais uma vez os professores, depois que o prefeito Rogério Teófilo (PSDB) apresentou, na noite de terça-feira (6), uma proposta de reajuste de 2,33% não retroativos ao mês de abril (data-base da categoria), e com previsão de aplicação a partir do mês de setembro deste ano.
Teófilo revelou que o percentual foi decidido após consulta à equipe técnica e jurídica da prefeitura e, também, com base na situação financeira do município, que, segundo o gestor, um valor maior comprometeria mais o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Durante a assembleia na manhã desta quarta-feira, na Escola Hugo Lima, os professores e diretores do Sinteal também contaram com a presença de pais de alunos, para debaterem juntos a situação por que passa a Educação em Arapiraca.
Desde fevereiro que os professores tentam a negociação com a prefeitura, e a greve deixa mais de 35 mil crianças e jovens sem aulas.
O presidente do Núcleo Regional do Sinteal, André Luís da Silva, disse que o levantamento técnico feito pelo sindicato mostra que a Prefeitura de Arapiraca tem condições de conceder o reajuste salarial cobrado pela categoria.
André Luís revelou que, este ano, os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para Arapiraca é de R$ 131 milhões.
"Nossos estudos sinalizam que o reajuste de 7,64%, vai comprometer 97% dos R$ 131 milhões, ou seja, R$ 104 milhões, e sobrariam R$ 26 milhões para manutenção das escolas", explicou André Luís, ressaltando que a categoria ficou indignada com a proposta de 2,33% apresentada pela prefeitura.
"Nossa reivindicação é pautada na data-base da categoria e com percentual nacional que está sendo aplicado por muitos prefeitos em Alagoas e em todo o Brasil", acrescentou o presidente do Núcleo Regional do Sinteal en Arapiraca.
No encerramento da assembleia, os membros da comissão de negociação informaram que a categoria continuará unida e mobilizada, e que uma equipe jurídica do Sinteal estará em Arapiraca, até sexta-feira (9), para procurar o Ministério Público Estadual e, também, a Defensoria Pública Estadual, a fim de solicitar apoio das duas instituições no pleito dos trabalhadores da Educação do município.
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