Interior

Fiscalização apreendeu 1,4 tonelada de carnes suínas com validade vencida

Força-tarefa também encontrou carne que só poderia ser vendida em Goiás e peças sem rótulos

Por Tribuna Hoje, com assessoria 17/05/2017 08h12
Fiscalização apreendeu 1,4 tonelada de carnes suínas com validade vencida
Reprodução - Foto: Assessoria

Nessa terça-feira (16) à noite, agentes da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco apreenderam 1,4 tonelada de carcaças suínas com prazo de validade vencido ou sem identificação de origem. A apreensão ocorreu numa unidade de beneficiamento de produtos cárneos, localizada no bairro Caititus, em Arapiraca.

No local, que foi interditado, a força-tarefa também encontrou carne que só poderia ser vendida no estado de Goiás e até mesmo peças sem rótulos.

A ação teve como motivação uma denúncia recebida pelo Batalhão de Policiamento Ambiental do Estado de Alagoas. Segundo a representação, um estabelecimento clandestino de produtos de origem animal realizava a distribuição da carne para localidades de Arapiraca.

Ao entrar na unidade, a força-tarefa encontrou um ambiente repleto de carcaças, cortes, vísceras, miúdos de suínos e bovinos com diversos problemas e possivelmente destinadas ao consumo humano. 

"Certamente seriam comercializadas porque ninguém gasta energia com câmara fria para manter essas carnes e depois jogar fora depois", avaliou um fiscal da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).

Produção de linguiça

Para o agente público, há indícios de que o material apreendido seria processado e transformado em embutidos: "No local, havia todos os itens necessários para isso: carne, condimentos, envoltórios e maquinário específico. Por essa razão, entende-se que a unidade pode estar fabricando linguiça".

Além dos produtos clandestinos, outro aspecto que chamou a atenção da fiscalização foi a procedência de parte das carnes. Algumas peças tinham selo da agência de fiscalização do Estado de Goiás, que só permite a comercialização delas lá.

Conhecido até pouco tempo atrás como entreposto de carnes, a empresa responderá pela falta dos registros sanitários necessários à industrialização, manipulação e/ou processamento de produtos de origem animal, a exemplo do registro no Ministério da Agricultura e na Adeal, que multou o proprietário.

A unidade de beneficiamento de carne de produtos cárneos também recebeu autos de infração do Instituto de Preservação do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/AL) pela falta de licença ambiental e de anotação de responsabilidade técnica, respectivamente.