O atacante do ASA de Arapiraca, Júnior Viçosa e sua esposa Luizi Sampaio Severo, foram vítimas de golpistas durante a compra de um medicamento avaliado em R$ 60 mil. A informação foi dada pelo próprio jogador.

"Eu sofri um golpe, o "golpe do remédio". Foi bem sério, acabei por enviar valores, achando que eram os meus advogados, era o mesmo DDD, eles me mandaram o processo afirmando como a causa estava ganha e disseram que tinha que pagar uma quantia que o dinheiro voltava. Eu caí nisso e gostaria de deixar outras pessoas em alerta sobre isso. Vou ter que colocar na Justiça porque o banco não me devolveu o valor, disse que não tinha nada a fazer, mas, pelo Banco Central, tem, e estou recorrendo'', falou o atleta.

O caso foi revelado pelo atacante durante entrevista após o jogo contra o Ferroviário pela Série D.

O medicamento ainda não é liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e para conseguir o acesso, Júnior Viçosa precisou acionar a Justiça para conseguir a autorização do uso.

O jogador fez um apelo à Anvisa para a liberação do medicamento em uma emissora de TV local. O medicamento é omaveloxolona, utilizado para o tratamento da Ataxia de Friedreich.

"Existem muitos brasileiros que sofrem com essa enfermidade. O remédio está para sair. Gostaria de pedir para a Anvisa agilizar a liberação, o mais rápido possível”, disse para a emissora.

O medicamento foi submetido à agência em março de 2024. Porém, até o momento, ainda não consta como aprovado.

Doença: A ataxia de Friedreich é hereditária, degenerativa e progressiva que afeta o sistema nervoso, sendo causada por alterações no gene FXN, que levam à deficiência da proteína frataxina. Como não existe cura, os tratamentos são utilizados para controlar os sintomas e complicações.

Alguns sintomas da doença são: dificuldade de coordenação e equilíbrio, fraqueza muscular, perda de sensibilidade, dificuldade para caminhar, fala arrastada e escoliose.