Esportes
Conmebol oficializa punições mais duras contra casos de racismo
Multa mínima vai de US$ 30 mil para US$ 100 mil; clubes podem ter que jogar com portões fechados
A Conmebol confirmou nesta segunda-feira mudanças em seu Código de Disciplina que tornam mais duras as punições contra clubes cujos torcedores cometerem atos de racismo.
A partir de agora, a multa mínima passa a ser de US$ 100 mil (cerca de R$ 500 mil), valor que pode aumentar dependendo da gravidade de casa caso ou de reincidência. A multa mínima anterior era de US$ 30 mil (R$ 150 mil).
Qualquer jogador ou dirigente que "insulte ou atente contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, por motivos de cor de pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por um mínimo de cinco jogos ou por um período de tempo mínimo de dois meses".
Além disso, o código agora prevê a possibilidade de os clubes punidos terem que jogar com portões fechados por um ou mais jogos – ou ainda com parte das arquibancadas fechadas. Essa punição não fazia parte da versão anterior do código.
O aumento das punições ocorre como resposta a seguidos casos de racismo registrados contra torcedores de clubes brasileiros em diversos jogos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana.
A CBF concordou com o endurecimento das punições proposto pela Conmebol. Mas Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, pediu a Alejandro Domínguez, seu par da confederação sul-americana, que fossem introduzidas punições esportivas – como perda de pontos.
Em entrevista ao ge, Ednaldo Rodrigues também afirmou que pretende fazer tal mudança a partir do ano que vem em competições organizadas pela própria CBF.
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