Esportes
Palmeiras contraria expectativa, piora marcação e entra em pane após pausa
Time de Felipão está mais exposto agora e não sabe reagir quando sai atrás no placar
Ainda que o torcedor do Palmeiras estivesse mal-acostumado, perder é uma das três possibilidades de uma partida de futebol, e o time viu cair no sábado, com a derrota por 2 a 0 para o Ceará, uma invencibilidade que durava 33 jogos no Campeonato Brasileiro.
Pior: viu o time sofrer duas derrotas consecutivas (contando aquela para o Internacional, que resultou na eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil) pela primeira vez desde o início da terceira passagem do técnico Luiz Felipe Scolari no clube, há um ano.
Perder faz parte. Como Felipão destacou em suas duas últimas entrevistas coletivas, há um adversário do outro lado, e Internacional e Ceará jogaram muito bem. Mas o problema não é a queda no mata-mata ou o fim da série invicta nos pontos corridos. O problema é o futebol apresentado.
Curiosamente, foi a marcação o principal ponto trabalhado (sempre em treinos fechados à imprensa) nesse período sem jogos, como acabou contando o lateral-esquerdo Diogo Barbosa numa entrevista às vésperas do jogo de ida contra o Inter.
Só que, na prática, o goleiro Weverton passou a ser muito mais exigido – somente no clássico com o São Paulo, ele teve nove finalizações contra o seu gol –, além de ter ficado para trás a marca invicta dos bons zagueiros Luan e Gustavo Gómez.
Está óbvio: após a Copa América, o Palmeiras ficou mais exposto. Fruto de uma desorganização coletiva, que, a meu ver, passa pela falta de melhor colaboração defensiva dos pontas (Zé Rafael e Dudu) e por um espaço que os volantes (Felipe Melo e Bruno Henrique) têm oferecido ora nas costas, ora na ausência de combate.
Em um dos lances do primeiro tempo, Thiago Galhardo é acionado com absoluta liberdade, não recebe o combate da marcação e tem tempo para dar um passe nas costas de Felipe Melo — Foto: Reprodução
Se antes da pausa os dois volantes davam muita segurança na cobertura, agora parecem não se encontrar em campo. Não foram poucas as vezes em que os meias do Ceará puderam armar o jogo com tranquilidade ou em que Felipe Melo e Bruno Henrique tiveram de correr atrás.
Claro, o problema não é só defensivo. Encabeçado pelas casquinhas de Deyverson, o ataque também não vem rendendo. No primeiro semestre, o Palmeiras fazia gol(s) com rapidez e empenhava toda sua energia em se defender e contra-atacar. Acontece que, quando sai atrás, o time entra em pane. Programado para ser reativo, acaba sofrendo do próprio veneno e não vira nenhum placar.Até terça-feira, quando a equipe visita o Godoy Cruz, na Argentina, pelas oitavas de final da Libertadores, Felipão terá pouco tempo para os seus sempre fechados treinos. Como ele próprio disse em Fortaleza, talvez tenha que consertar o time na conversa.
O primeiro semestre já mostrou que é possível.
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