Esportes
Ex-ginasta Lais Souza dedica sua recuperação à mãe: "Uma guerreira"
No Dia Internacional da Mulher, ex-ginasta homenageia a mãe, Odete, e diz que ela é a fonte de sua força
No dia 27 de janeiro de 2014, Lais Souza se preparava para a prova de esqui aéreo, e que disputaria na Olimpíada de Inverno de Sochi, no mês seguinte. Um acidente, porém, interrompeu a carreira da ex-ginasta. Lais ficou tetraplégica e, mais de três anos após a queda, segue a luta por sua recuperação. E, em entrevista ao SporTV, no Dia Internacional da Mulher, a ex-atleta homenageou a mãe, Odete, como a fonte de sua força para lutar.
- Eu não consigo comparar, pensar que o homem é mais forte que a mulher, ou alguma coisa do tipo. Pode ser que a mulher, em algumas áreas, seja muito mais evoluída que o homem. O homem é mais forte fisicamente etc. Mas a mulher, eu chamo de ser evoluído. A gente consegue fazer muitas tarefas juntas. Eu tiro como exemplo a minha mãe. Hoje, ela trabalha comigo, faz tudo que eu preciso e ainda faz o trabalho dela. Para mim, ela é uma guerreira, ela é forte e eu aprendo com ela. A entrega que eu fiz, por ter acontecido o acidente, e eu hoje estou me superando, e vem dela essa força - disse a ex-ginasta.
Na semana passada, Lais alcançou mais uma etapa na sua recuperação, ao ficar em pé com a ajuda de um estabilizador. A ex-atleta lembrou que, logo após o acidente, houve muitas previsões pessimistas. No entanto, se vê cada vez mais forte.
- Eu ouvi muita coisa depois que eu sofri o acidente, que eu ia ficar no respirador, que eu não ia mais comer sozinha. Hoje, depois de um tempão, eu já consigo ficar em pé, com o estabilizador, faço exercícios de braço. Sinto um pouco o meu braço mais forte. Eu já ficava em pé antes, fazendo exercícios, mas agora eu estou um pouco mais forte. Dá mais empolgação mesmo para continuar. Eu tenho meus momentos, é óbvio, de ficar um pouco mais triste ou de chegar no treino e não estar 100% disposta. Mas eu faço de tudo para não perder o dia. A gente vai lutando dia após dia.
Nos próximos dias, Lais Souza vai iniciar os estudos de Psicologia e pretende seguir a profissão no futuro.
- Eu estou fazendo opções de não ficar parada, preencher o meu dia com coisas inteligentes, coisas interessantes. E tenho que trabalhar. Vou começar a faculdade e pretendo fazer com que, mais para a frente, seja a minha profissão mesmo.
A ex-ginasta diz nunca ter sido vítima de preconceito e acredita que não levaria uma ofensa a sério e destacou a importância do Dia Internacional da Mulher.
- Eu nunca senti preconceito. Mas já ouvi histórias de pessoas que sofreram, que foram xingadas, chamadas de inúteis, coisas assim. Graças a Deus, eu não passei por isso, e nem quero passar. Mas, se passar, nem sei se vou dar bola. A classificação da mulher, hoje, a gente já conseguiu conquistar. Tanto que a gente tem um Dia Internacional da Mulher. Isso já é uma conquista.
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