Esportes
Único evento nacional agendado para o Mané Garrincha em 2017 foi cancelado
Por falta de público, Flamengo cancelou o “Jogo dos Sonhos” que aconteceria no estádio

Arena mais cara das 12 construídas ou reformadas para a Copa de 2014, ao custo de R$ 1,4 bilhão, o Mané Garrincha tem futuro incerto no Distrito Federal. Sem tradição no futebol e sem nenhum time nas principais divisões nacionais, a capital do país depende de equipes como Flamengo e Corinthians, além de produtores de eventos, para movimentar o estádio.
Para evitar a total ociosidade, no início do governo, Rodrigo Rollemberg, governador do DF, instalou no estádio três secretarias de Estado – trocando a finalidade principal da arena do esporte para a burocracia e aproveitando para economizar com alugueis. Dois anos depois, porém, apenas a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer continua funcionando no local.
O ano de 2017 começou com dois eventos agendados para o Mané Garrincha: o primeiro jogo do campeonato brasiliense e o Jogo dos Sonhos – evento que une craques históricos do Flamengo e da música, com artistas como Neguinho da Beija Flor. Porém, com a baixa adesão do público, os organizadores decidiram cancelar o jogo do clube carioca que seria realizado ontem (sábado, 21).
Em nota, justificaram que havia uma preocupação com a chuva prevista para o dia, “além de levar em conta o atual cenário político com a ocorrência de diversas manifestações na capital federal, o que afeta diretamente a prestação de serviços como transporte público, metrô e efetivo das forças de segurança pública”.
Com o cancelamento, o Mané Garrincha continua sem uma agenda robusta para 2017. O governo aposta em produtores de shows internacionais e em partidas da seleção brasileira pelas eliminatória da Copa do Mundo de 2018 para movimentar o gigante, que cabe cerca de 70 mil pessoas. O estádio está na mira das investigações da Força Tarefa da Operação Lava Jato, com suspeita de superfaturamento e desvio de verba.
Em 2016, o estádio fechou as contas no vermelho. A arrecadação com jogos e eventos foi de R$ 1,7 milhão, enquanto os gastos chegaram a R$ 8,4 milhões – cinco vezes mais. O rótulo de “elefante branco”, dado ainda na época da construção do estádio, a cada dia faz mais sentido.
Desde o fim da Copa do Mundo de 2014 até 31 de dezembro de 2016, 57 partidas de futebol e 128 eventos diversos passaram pelo estádio, atraindo público de quase 2 milhões de pessoas. No ano passado, passaram pela arena jogos do Campeonato Brasileiro e do Brasiliense, shows nacionais e internacionais (Pearl Jam e Guns and Roses), além de 10 partidas das Olimpíadas Rio 2016. No mais, o estádio recebe visitas pré-agendadas de turistas que visitam a capital do país.
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