A atriz Bianca Palheiras mostra uma nova faceta em “Paulo, O Apóstolo”, superprodução bíblica da Record. No papel de Berenice, ela mergulha na pele de uma mulher que sente muito, mas fala pouco. E é nesse silêncio que, segundo a atriz, moram as maiores descobertas.

— Sou uma pessoa espontânea, extrovertida e, às vezes, sem filtro (risos), mas também costumo refletir muito sobre como me sinto e como as pessoas me fazem sentir. A Berenice me ensinou a valorizar o silêncio, entender que o não falar também é uma resposta. Aprendi que, mesmo em situações difíceis, sempre existe a possibilidade de escolha — conta a atriz.

A personagem atravessa os séculos e toca em temas ainda muito atuais para as mulheres: identidade, pertencimento, sentimentos reprimidos. Bianca se viu espelhada em Berenice em mais de um momento das gravações.

— Ela fala sobre mim quando vive dilemas humanos tão profundos: a busca por identidade, o desejo de pertencimento e o conflito entre o que se sente e o que se mostra. Isso me tocou. Eu também reflito muito sobre quem sou e o que quero ser — revela.

Apesar da grandiosidade da narrativa bíblica, são os pequenos gestos que Bianca leva consigo como lembrança preciosa.

— Cada detalhe das gravações é especial! As trocas de figurino, a conversa com os colegas… Mas tem algo mágico no momento da caracterização. Quando me vejo caracterizada, me sinto outra pessoa, pronta para viver aquela história. Isso me conecta profundamente com o papel — diz.

E ao dar vida a Berenice, Bianca reforça o compromisso com a arte que emociona e faz pensar.

— Estar nessa produção, contando uma história real que toca e gera identificação nas pessoas, é muito gratificante.