Entretenimento
Músico Wellington Pinheiro é reverenciado em baile no Jaraguá Tênis Clube
Baile Vermelho e Preto realiza sua 13ª edição no próximo sábado (28)
O músico alagoano Wellington Pinheiro, mais conhecido como Wellington do Cavaquinho é o grande homenageado do Baile Vermelho e Preto. A 13ª edição do baile acontece no sábado, 28, no Jaraguá Tênis Clube e reúne mais de 80 músicos trazendo frevo, samba e choro. O evento oferece também apresentação de balé, acervo literário e exposição de artes plásticas.
Desde sua 4º edição, o Baile Vermelho e Preto homenageia um tema diferente, este ano enfoca a arte solidária e espera receber um público de 700 pessoas. Além do instrumentista, o balé de Maria Emília Clark, a poesia da Confraria dos Poetas e as artes plásticas da Galeria da Marlô terão destaque no evento.
Weldja Miranda, idealizadora e produtora do evento conta que a homenagem se dá pela iniciativa dos artistas de promover arte e cultura para pessoas que não teriam acesso em situações comuns, isto é, comunidades carentes, portadores de necessidades, que são alcançados e segundo ela, têm suas vidas transformadas.
“O Wellington representa o trabalho de artistas que levam a arte para pessoas que não têm acesso. Enaltecendo essas pessoas que se preocupam em dar continuidade a sua arte por meio de outras pessoas. A preocupação deles de ofertar ao público carente é a mesma com os que podem pagar e isso é muito lindo. A sociedade não vê isso, mas precisa se engajar. Queremos deixar este recado que a cultura é a alma da sociedade”, expõe.
Folia ao som de marchinhas líricas
Na abertura do Baile Vermelho e Preto, Wellington do Cavaquinho irá se apresentar com 25 de seus alunos tocando instrumentos de cordas com vocais líricos. O projeto Paus e Cordas é desenvolvido pelo músico não só no Carnaval.
“É o primeiro projeto de marchinhas líricas do estado. Quero fazer um resgate histórico, só com marchinhas carnavalescas cantadas e tocadas por esses instrumentos de corda e com um som lírico. Em Pernambuco isso existe, mas aqui não. Quero fazer disso algo permanente, durante todo o ano”, destaca.
Segundo Wellington o reconhecimento dado pelo Baile Vermelho e Preto permitirá a continuidade do trabalho desenvolvido. “Ensino no Cenart e faço um trabalho com idades diversas e nós formamos alunos, músicos, muitos estão trabalhando já. Eu achei muito legal homenagear meu trabalho em vida, eu tenho a intenção de resgatar a cultura do estado na área carnavalesca”, ressalta.
Esse resgate, segundo o músico será feito por meio do Projeto Paus e Cordas. Pioneira no estado e idealizada por ele, a banda é composta por músicos tocando cavaquinho, clarinete, banjo, flauta e diversos instrumentos, além de pessoas fazendo vocais líricos.
Para Wellington essa foi a maneira de manter a tradição dos antigos Carnavais de Alagoas e preservar a memória cultural, uma vez que falta incentivo para o trabalho. “Falta reconhecimento, é muito difícil o reconhecimento, mas é preciso mudar a mentalidade das pessoas. Quis buscar nos meus alunos uma forma de defender a música, falar da música alagoana, ensinar história numa tentativa de salvar a cultura mantendo a tradição dos carnavais de rua, da cultura”.
Preparativos começam cedo
Para garantir que tudo saia conforme planejado as atrações são preparadas antecipadamente. Weldja Miranda explica que os preparativos começam seis meses antes.
“Um mês após o baile a gente lança o tema do próximo e aí começa toda a preparação. São seis meses em que providenciamos a decoração, preparamos a logística e vamos aprimorando, as ideias vão surgindo e vamos desenvolvendo o tema e adicionando as novidades”, diz.
Para este ano a organização do evento reduziu o espaço em relação aos anos anteriores, não disponibilizando a quadra do Jaraguá Tênis Clube, ainda sim espera receber 700 pessoas.
“Por conta da crise tivemos essa preocupação em não abrir a quadra e deixar apenas o espaço do salão. Mas já vendemos quase tudo, restam apenas 20 mesas e estimamos que nos próximos dois dias acabem”, destaca a organizadora.
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