Educação

Reunião pode definir futuro de escola estadual

Por Valdete Calheiros - colaboradora / Tribuna Independente 04/11/2025 06h01
Reunião pode definir futuro de escola estadual
DPE/AL afirmou estar preocupada com os cerca de 650 alunos do Colégio Estadual Alberto Torres para que não sejam tão prejudicados com a mudança de endereço da unidade escolar - Foto: Ascom DPE/AL

Mais uma reunião entre a Defensoria Pública Estadual (DPE/AL) e a Secretaria de Estado da Educação, acontece hoje, na sede do órgão, na Gruta de Lourdes, às 10h30. No encontro, o defensor Ricardo Melro, irá apresentar uma recomendação formal para que não ocorra a transferência do Colégio Estadual Alberto Torres, que atualmente funciona no bairro Gruta de Lourdes para o bairro do Benedito Bentes.

A Defensoria Pública Estadual afirmou estar preocupada com os cerca de 650 alunos do Colégio Estadual Alberto Torres para que não sejam tão prejudicados com a mudança de endereço da unidade escolar. A convocação à Secretaria de Estado da Educação a fim de que sejam prestados esclarecimentos sobre as razões da transferência.

O órgão adiantou que a partir dessa escuta institucional, serão definidas as providências a serem tomadas, respeitando a vontade coletiva da comunidade escolar.
O defensor Ricardo Melro adiantou que, caso a recomendação não seja acatada, a questão será judicializada, inclusive na Vara da Infância e Juventude para garantir o direito à educação dessas crianças.

O defensor público Ricardo Melro destacou uma fala dos próprios alunos do Colégio Estadual Alberto Torres. “Eles mesmos têm a noção de que a escola deve ficar próxima da comunidade delas, como sempre foi antes da realocação forçada pela mineração criminosa da Braskem. Se até as crianças sabem disso, como os técnicos de uma Secretaria não sabem”, indagou.

Conforme Ricardo Melro, o que está sendo proposto é um completo contrassenso. Ele alegou que segundo os pais, professores e o corpo docente, essa mudança vai causar evasão escolar, grandes dificuldades para alunos com deficiência, problemas de transporte – que todos sabemos estar longe de ser eficiente – e ainda o risco de repetirmos o que aconteceu há pouco tempo, quando as aulas ficaram suspensas por seis meses.

O que não se pode, completou Ricardo Melro, é empurrar os alunos para tão longe, sem ouvir ninguém. Não houve consulta, audiência ou diálogo. “Foi uma decisão de goela abaixo, sem considerar quem realmente é afetado”, concluiu.