Educação
Assembleia do Sinteal define que greve da rede estadual de educação continua

Após a iniciativa do Governo do Estado de judicializar o movimento e ameaçar trabalhadoras e trabalhadores da educação, a categoria decidiu na manhã em uma assembleia do Sinteal lotada na manhã desta terça-feira (22), que a greve da educação segue firme. Mantendo a pauta do reajuste de 10% e mais 20 pontos de reivindicações, a categoria decidiu permanecer na luta até o Governador Paulo Dantas se sensibilizar.
Izael Ribeiro, presidente do Sinteal, explica que a categoria está indignada com a tentativa do governo de destruir o movimento sem dialogar.
“Não adianta tentar descredibilizar a luta da classe trabalhadora. Escolas abertas, mas só com gestor fazendo de conta que funciona, porque a maioria dos profissionais está em greve. Estamos recebendo denúncia da pressão e ameaça que tem acontecido com os profissionais contratados, e seguimos mobilizando em todo o estado. Constatamos nas escolas abertas que tem uma ou outra sala tendo aula, estudantes sendo dispensados bem mais cedo. É muita propaganda enganosa de que a educação está às mil maravilhas, mas o que precisa fazer mesmo, o governo não faz: Valorizar a educação”, denunciou Izael.
Foram inúmeras intervenções da categoria ao microfone, todas propondo estratégias de intensificar a luta e ampliar o diálogo com a população. Com disposição para o enfrentamento, grevistas reforçaram que não faz sentido abandonar a luta sem o resultado esperado.
Izael informou que esteve reunido com representantes do Governo e fez o repasse. “Eles finalmente publicaram no Diário Oficial de hoje a mudança no plano de cargos tirando a trava na progressão de carreira para os professores. Também prometeu estabelecer um índice de reajuste para o vale alimentação, ligado ao IPCA, e atualizar o difícil acesso, que deve ter novas pessoas incluídas”.
Reforçando a importância de se manter na cobrança, Izael alertou para o erro que algumas pessoas cometem de esperar que o direito seja garantido sem luta. “Tudo isso são pendências da greve de 2023, que conquistamos mas que só está sendo cumprido agora porque voltamos para a rua e lutamos. Não é só o fato de estar na lei, sem cobrança permanente o gestor nem sempre respeita”.
A agenda da greve continua. Na próxima quinta-feira (24), tem protesto na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), para pressionar a secretária Renata Santos a abrir o cofre. “Já provamos que tem dinheiro, que o dinheiro é da educação, só falta a Fazenda admitir que vale a pena investir em valorizar a educação”, reforçou a vice-presidenta do Sinteal, Consuelo Correia. Em todos os dias continuará acontecendo mobilização nas escolas, e na próxima terça-feira (29) está marcada uma nova assembleia para avaliação do movimento.
Outras pautas
A assembleia também teve como pauta, a eleição de uma lista tríplice de candidatas ao Conselho Estadual de Educação (o nome será escolhido pelo governador). Foram eleitas as professoras Lenilda Lima (aposentada), Francisca Feitosa e Corina. Também foi reforçada pela direção do Sinteal, a campanha nacional do plebiscito pelo fim da escala 6 x 1 e taxação dos super ricos. “É fundamental a nossa participação, e que cada um ajude a divulgar essa luta, que é pelo bem de toda a classe trabalhadora”.
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