O reconhecimento de um curso de graduação pelo Ministério da Educação (MEC) faz o diploma de nível superior ser validado nacionalmente. Mas até chegar nessa etapa, muito trabalho com afinco é aplicado por toda a equipe técnica e docente com apoio da Pró-reitoria de Graduação (Prograd) e da Procuradoria Educacional Institucional (PEI). Com isso, a Ufal conquistou a nota máxima em sete dos dez cursos recém-avaliados.

No segundo semestre de 2024, além do curso de Medicina de Arapiraca, que já noticiamos aqui, as graduações do Campus A.C. Simões Letras-Francês, Letras-Espanhol, Química (licenciatura) Matemática (bacharelado), Física (bacharelado), e Ciências Sociais (licenciatura) obtiveram nota 5 na avaliação virtual in loco para fins de renovação de reconhecimento de curso. “É uma alegria vivenciar esse momento de conquista. Apesar dos desafios dos últimos anos, como a pandemia da covid-19 e a redução de recursos orçamentários, a Ufal desempenhou um papel essencial nesse acompanhamento, proporcionando as condições necessárias para a manutenção da qualidade dos nossos cursos de graduação”, comentou a pró-reitora de Graduação, Eliane Barbosa.

A comemoração é extensiva à equipe da PEI, que acompanha as coordenações em cada fase do processo de avaliação, em busca dos melhores resultados. O procurador Deywid Melo ressaltou: “A gente sabe que a nossa instituição, apesar de todas as adversidades, sobretudo com o orçamento estrangulado, tem conseguindo oferecer à sociedade alagoana e à sociedade brasileira cursos com excelência. Essas avaliações constituem um instrumento importante, porque analisam, por meio das evidências e documentos, três grandes dimensões do curso, e os nossos resultados mostram que a grande maioria tem alcançado a nota máxima”.

O Conceito de Curso (CC) dado pelo MEC é uma nota que indica a qualidade dos cursos de graduação das instituições de ensino superior no Brasil e leva em consideração aspectos das dimensões: Organização Didático-pedagógica, Corpo Docente e Tutorial, e infraestrutura.Só na Faculdade de Letras (Fale), as habilitações em Francês e Espanhol renovaram o reconhecimento com o CC 5. O resultado de um trabalho consolidado é motivo de orgulho para a diretora, Rita Souto Maior. Ela ressalta que a qualidade das graduações é a soma dos investimentos que são feitos ao longo dos anos para estruturar a unidade acadêmica incluindo programas de Iniciação Científica (Pibic), Iniciação à Docência (Pibid), Educação Tutorial (PET), Monitoria, Residência Pedagógica e um intenso trabalho dos projetos de extensão, como as Casas de Cultura.

“Essa caracterização faz com que a comunidade da Fale considere que exerce grande compromisso com a sociedade alagoana, mas também nos ativa a ficarmos atentos para o desenvolvimento de novas ações a fim de acompanhar as mudanças sociais e, consequentemente, as demandas no campo da inovação e tecnologia, das necessidades específicas para pessoas com deficiência e outros grupos, da educação ambiental etc. Isso reafirma a nossa propriedade nos cursos que ofertamos e na qualidade desses”, pontuou a diretora.

A expectativa da professora Rita é que mais uma boa nota seja concedida após o resultado da avaliação do curso de Letras-Português, que aguarda a finalização do processo. “As comissões de avaliações de cursos do MEC têm a importante função de promover essa visão externa, e em perspectiva, em função de nossos pontos fortes e fragilidades, para que busquemos afinar ainda mais esse diálogo com o corpo social e dispor de uma faculdade realmente inclusiva, responsável e solidária”, disse.

Conceito de Curso segue rigorosos padrões

Todo o processo para gerar um Conceito de Curso (CC) é realizado pelo Ministério da Educação, junto com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que analisam como o curso funciona. As avaliações podem ser presenciais, para os cursos de saúde, ou virtuais para os demais cursos, e são feitas por professores de outras instituições públicas ou privadas, incluídos no Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Educação Superior (Bases/Inep).

Todos os cursos são avaliados em três grandes dimensões: Organização didático-pedagógica, com 24 indicadores; Corpo Docente e Tutorial, que contempla 16 indicadores referentes aos professores, coordenação e colegiado; e a dimensão Infraestrutura, com 18 indicadores relacionados aos espaços físicos onde os cursos são instalados, a exemplo de salas de aula e laboratórios.

Para a construção da nota, a comissão também avalia como é o Projeto Pedagógico do Curso, como estão os egressos, se o curso está formando egressos importantes para a sociedade, se o corpo docente é qualificado, e se as estruturas físicas são adequadas para o curso funcionar na sua plenitude. O trabalho realizado pela Procuradoria Educacional Institucional da Ufal passa por todas as etapas de alinhamento com as coordenações.

“A gente faz diversas reuniões, orientamos não apenas especificamente porque o curso vai receber uma visita, mas para que de fato tenha aquilo que é necessário. A gente orienta os coordenadores a sempre buscarem as melhorias do curso e a documentação precisa estar organizada de forma ordinária. Então, a gente tem reuniões e atendimentos personalizados, acompanhamos desde o preenchimento do primeiro formulário, o momento da avaliação, e após a avaliação, quando a comissão emite o relatório final. Nós analisamos esse relatório e passamos para as coordenações. Caso seja necessário, a gente recursa alguma nota que não concordou, ou acata o resultado”, explicou o procurador Deywid Melo.

Para a pró-reitora Eliane Barbosa, “o êxito alcançado é resultado do comprometimento coletivo, desde a elaboração e acompanhamento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) até a atenção às demandas apresentadas ao longo do processo e o trabalho em conjunto de cada curso no seu dia a dia”. Ela ainda reforça: “Esses resultados são motivos de celebração, pois evidenciam não apenas a qualidade de nossa formação, mas também o compromisso coletivo em oferecer uma educação de excelência”.